sexta-feira, 30 de abril de 2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
"Pecados" Gastronômicos
Transtornos mentais: tratamento precisa ser integral
O projeto, desenvolvido pela equipe de Renato Marchetti – e da qual Leite faz parte –, traz pacientes e cuidadores (na maioria das vezes pais e mães) para sessões em grupo onde compartilham seus problemas e ansiedades. O resultado? O fosso aberto pelo estigma e pelo preconceito se torna mais raso e facilita a reintegração desses indivíduos – que já se estabilizaram por meio de tratamento farmacológico – à vida social. “E, como se sabe, o contato social é importantíssimo para a recuperação completa”, afirma Rodrigo.
Esquizofrenia e transtorno bipolar
Os pacientes envolvidos no projeto são, na grande maioria dos casos, indivíduos que sofrem de esquizofrenia, transtorno bipolar do tipo 1 e os chamados transtornos de esquizofrenia afetiva, além de casos de psicose. “Apesar de ser um grupo aparentemente heterogêneo – mesmo com pacientes em diferentes níveis do desenvolvimento da doença e de idades entre 18 e 65 anos – os problemas enfrentados por eles são similares: são vistos como incapazes e isolados por conta do preconceito sofrido”, aponta Rodrigo.
O projeto foca também outro problema enfrentado por esses indivíduos: o estigma dentro de casa. “Os próprios cuidadores acabam enxergando esses indivíduos como portadores de uma incapacidade inerente. Todas as situações problemáticas são vistas como reflexo dos transtornos. Isso leva primeiro a um estresse crônico por parte dos cuidadores, pois eles acham que o indivíduo vai ‘descompensar’ a qualquer momento”, observa o especialista.
Paralelo a isso, os cuidadores podem tender a infantilizar esses pacientes, superprotegendo-os, ou seja, resolvendo todos os problemas por eles, não lhes dando autonomia em tarefas, mesmo as rotineiras. “E isso é péssimo para o indivíduo que tem um desses transtornos. Pequenas tarefas e responsabilidades são importantes para que eles se enxerguem capazes, podendo introjetar essa imagem de que eles são realmente instáveis, perigosos, pouco confiáveis. Isso, como podemos ver no projeto, não é real.”
Grupo é a chave para reinserção
Os encontros em grupo, acompanhados pelos profissionais do IPq, colhem ótimos resultados: o estigma e o preconceito dentro da família – o primeiro passo para que a sociedade também o enxergue como um indivíduo capaz – cedem espaço ao respeito e à aceitação.
“O próprio grupo troca informações e compartilha problemas, ajudando na melhora de todos os envolvidos. O sentimento de solidão, que é muito sensível nessas pessoas – tanto pacientes quanto cuidadores – diminui e é substituído por uma sensação reconfortante, de que eles não são párias que devem se isolar”, explica Rodrigo. “E os níveis de estresse dos cuidadores também diminuem”, completa.
Graças a uma parceria do Instituto com a rede de supermercados Carrefour, esses indivíduos também estão conseguindo vencer mais um limite: trabalhar novamente. “Muitos deles tinham se afastado dessa atividade e ficavam em casa isolados. Agora eles têm a possibilidade de ampliar seus horizontes, exercitar sua autonomia – até mesmo financeira – e tudo isso se reflete na recuperação da autoestima”, diz o pesquisador.
“Com o projeto, conseguimos ampliar o tratamento desses pacientes para níveis muito além da simples prescrição de fármacos e ajuste das doses de remédio. Ampliar essa noção de tratamento dos transtornos mentais e ajudar na ponte com a sociedade é importantíssimo para vencer o estigma”, finaliza Rodrigo Leite.
por Enio Rodrigo
segunda-feira, 26 de abril de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
Eugênio Mussak - Uma coisa de cada vez
Certa vez, muito intrigado, um discípulo abordou seu velho mestre:
- Como o senhor, de idade tão avançada, parece ainda mais novo que nós? Como pode estar sempre tão bem disposto e alegre?
A resposta veio em seguida, mas naquele tom calmo, comum aos sábios, ondulante e com todas as pausas:
- Quando eu como, eu como. Quando eu durmo, eu durmo.
Essa pequena história, de nobre mas desconhecida origem oriental, nos dá pistas para investigar um tema que muito nos interessa nos dias de hoje: a dificuldade que temos ao tentar fazer uma coisa de cada vez.
O homem é um ser explorador por natureza. Graças a essa característica espalhou-se pelo planeta, povoando todos os continentes. No entanto, a mais importante das explorações do homem deveria ser a exploração de si mesmo, do seu mundo interior, intrapsíquico, espiritual. O "conhece-te a ti mesmo" socrático encontra apoio na psicologia moderna, que deseja um homem autoconsciente, equilibrado, senhor dos próprios pensamentos e do próprio destino.
A exploração interna, entretanto, tem estado em crise. Informações, tarefas, cobranças, desejos, ofertas, temos tudo em excesso. Não dá tempo para olharmos para dentro, porque temos muito aí fora para olhar.
Além disso, a vida moderna às vezes faz exigências paradoxais. Aquelas que, quando você atende a uma, não pode atender à outra. Manda você estar ligado a todos os assuntos ao mesmo tempo, "antenado", "plugado", "conectado", só para usar alguns dos neologismos pertinentes, mas também manda você ser calmo, sereno e criativo. E dá pra ser tudo isso simultaneamente?
Lembro-me de um amigo praticante de yoga que foi convocado para servir o exército. Ele me disse:
- Está sendo uma boa experiência. A única coisa que não entendo é quando o sargento manda a gente encolher a barriga e encher o peito de ar. Como fazer isso se para respirar fundo eu preciso baixar o diafragma e então não dá para encolher a barriga?
O mundo atualmente também é assim. Manda você respirar fundo e encolher a barriga. O principal de todos os conselhos "modernos" que costumamos receber, e às vezes dar, é que devemos ser "multimídias" - fazer várias coisas, ter diversas habilidades, usar muitos canais de comunicação, mudar de atividade continuamente. Os seres multimídia queixam-se, entretanto, de algumas dificuldades:
É necessário ser especialista e generalista ao mesmo tempo.
Lidar com o volume de informações que, se por um lado são o oxigênio da maioria das profissões, são intoxicantes em função do seu excesso.
Fazer várias coisas ao mesmo tempo com a mesma qualidade obtida em tarefas de dedicação exclusiva.
Multiplicar o tempo, que parece cada vez mais raro e que escorre entre nossos dedos. O homem moderno tem de parar e pensar. Perceber que rupturas não são modernas, mas novas propostas, sim. O moderno sente o presente, olha para o futuro e utiliza o passado como ensinamento. O moderno não despreza o que a humanidade pensou, escreveu e produziu nos últimos seis milênios e sim adapta esse legado à atualidade.
De repente, você se descobre em um mundo com muita atividade, muita informação, muita exigência e pouco tempo. É uma combinação explosiva, cujo resultado pode ser representado por produtividade baixa e estresse alto. A não ser - felizmente sempre há um "a não ser" - que você se organize e não apenas em termos de agenda, mas em termos de qualidade mental. A primeira lição: o cérebro trabalha melhor quanto mais focado estiver. Concentração é sinônimo de qualidade.
Como a luz da lanterna
A esse respeito tanto podemos consultar fisiologistas quanto filósofos. Os primeiros diriam que a competição de estímulos neurais promove a dispersão da recepção e o enfraquecimento de cada estímulo individualmente, provocando diminuição da capacidade receptiva. Quando isso acontece no nível da consciência, há um sensível prejuízo de percepção.
Já um filósofo oriental, como o hindu Paramahansa Yogananda, diria (como já disse): "Uma das principais causas de fracasso no mundo é a falta de concentração. A atenção é como a luz de uma lanterna: quando seus raios são espalhados em uma área vasta, sua habilidade de focalizar um único objeto se torna fraca, mas se focalizado em uma coisa de cada vez, torna-se poderosa. Grandes homens são os de concentração: eles investem todo o poder mental em uma coisa de cada vez".
Com certeza você encontrou semelhança entre os dois pensamentos anteriores e certamente não acredita que seja apenas coincidência que um cientista ocidental e um filósofo oriental tenham chegado à mesma conclusão.
O homem do início do século XXI pensa mais aceleradamente que o do início do século XX. O volume de informações com as quais temos que lidar em nossa rotina diária está chegando perto do limite biológico do ser humano. Até parece ser uma boa coisa, pois o progresso gera informações ao mesmo tempo em que informações geram progresso, mas tem o seu preço.
Os especialistas falam em uma nova síndrome, a SPA, ou Síndrome do Pensamento Acelerado. Ela foi descrita pelo psiquiatra paulista Augusto Jorge Cury, autor de 11 livros, entre eles Inteligência Multifocal e Você é Insubstituível - esse último citado hoje entre os dez mais vendidos por várias semanas. Alguns sintomas: hiperaceleração do pensamento, déficit de concentração, déficit de memória, desgaste de energia no córtex cerebral, irritabilidade, flutuação emocional, bloqueio da criatividade, insatisfação existencial.
Só que o cérebro tem mais juízo que nós. Na vigência de situações estressantes, ele tem a capacidade de fazer alguns bloqueios com a finalidade de economizar energia, o que é um recurso biológico bastante utilizado em toda a natureza.
E os primeiros bloqueios são os da memória, da concentração e da criatividade. Por isso é tão difícil atender à demanda do mundo moderno, que deseja que sejamos multiinformados e criativos ao mesmo tempo. A criatividade depende de serenidade, enquanto a informação excessiva e múltipla aumenta o estresse e bloqueia a criatividade. Impasse!
O mundo das idéias
A memória é, em síntese, um suporte para a criatividade e não um mero depósito de informações. A memória é um conjunto de vários fenômenos, entre eles o fenômeno do autofluxo, que é quando o cérebro lê milhares de arquivos a partir dos quais produz dezenas de milhares de pensamentos diários, criando o chamado "mundo das idéias", a que Platão já se referia.
Tudo isso é bom, porque, assim, o homem rompe sua solidão existencial, uma vez que é o senhor de seus próprios pensamentos. Só que o excesso de inputs e a falta de foco em cada informação individualmente estão provocando fissuras nesse sistema, gerando alguns perigos emocionais. O exercício da memória, em vez de promover entretenimento individual, está gerando terror emocional. Sinal vermelho!
Diz o autor de Inteligência Multifocal: "A inteligência humana é multifocal porque os processos que determinam sua construção são multifocais, como a leitura da memória, a construção das cadeias de pensamentos, as variáveis de interpretação e os fenômenos intrapsíquicos e socioeducacionais. Esses processos co-interferem para construir o espetáculo indescritível da inteligência multifocal do homem".
O pensamento é construído multifocalmente, mas isso está longe de querer significar que podemos nos focar em várias fontes de informação simultâneas, sejam elas externas, do mundo, ou internas, do nosso arquivo mental. Ao contrário. Ao focalizarmos um aspecto do mundo interior ou do meio circundante de cada vez, facilitamos a construção do pensamento e liberamos a criatividade. Informações, interlocuções, projetos; podem e devem ser múltiplos, mas não superpostos.
Comendo todas as frutas
No filme Lendas da Vida, dirigido por Robert Redford, um jovem herói da primeira guerra, Rannulph Januh (Matt Damon), aceita participar de um campeonato de golfe com dois grandes profissionais da época. Contrata como caddy (o auxiliar que carrega os tacos e ajuda a decidir qual a melhor opção para cada jogada) um desconhecido chamado Bagger Venci (Will Smith).
Em uma das cenas mais emocionantes, o caddy insiste que o problema de Januh, que está perdendo a partida, é a falta de concentração, o que prejudica seu balanço. Após a preleção, o jogador encaminha-se para o local da tacada, observa o campo, com todas as árvores e pessoas que compõem a assistência. No instante seguinte, como por mágica, as árvores e as pessoas desaparecem, e ele vê apenas o campo, e lá no fim a bandeira que sinaliza o buraco da vez. O resultado é espetacular, pois a jogada é perfeita e ele começa a virar o jogo.
Seja assim, caro leitor. Faça todos os buracos, um por vez. Não abra mão de nada no mundo; de nenhuma das frutas à disposição na árvore da vida, bem à nossa frente. Mas nunca tente apanhá-las nem saboreá-las todas ao mesmo tempo. Uma de cada vez, ou o engasgo será inevitável.
O físico nos informa que a mesma energia aplicada a dois trabalhos vai provocar sua dispersão. O bioquímico diz que um receptor da membrana de uma célula não receberá dois estímulos químicos ao mesmo tempo. O psicólogo sinaliza para o fato de que dois esforços mentais simultâneos provocarão ansiedade e estresse. E o poeta, o que diz o poeta? Lembro-me de Ascenso Ferreira, em "Filosofia":
Hora de comer - comer!
Hora de dormir - dormir!
Hora de vadiar - vadiar!
Hora de trabalhar?
- Pernas pro ar que ninguém é de ferro!
domingo, 18 de abril de 2010
Meu fim de semana...
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Santos Food Festival
Os Restaurantes são:
AL KABIR (Libanês), BADOVIC (Boteco), BLACK JAW (Choperia), CAFÉ CENTRAL (Café), CANTINA DI LUCCA (italiano, CASA DA VILLA (Variado), CREPERIA DA PRAIA (Creperia), DA SORATA (Mediterrâneao), DECANTER (Contemporâneo), ESTRELA DE OURO (Japonês), GUADALUPE (Mexican), HAMBURGUERIA SANTISTA (Hamburgueria), MAINAH (Árabe), MARIA FARINHA (Vegetariano), OKUMURA (Temakeria), PARQUE BALNEÁRIO (Hotel), PARRILA SAN PABLO (Argentino), PITZAZ (Pizzaria), QUINTA DA XV (Português), TERRA SANTA (Natural).
É bem bacana esta iniciativa pois mtos dos restaurantes acima tem preços um pouco mais salgados e, desta maneira, fica mais acessível para os conhecermos.
Para ver os cardápios é só entrar no site do evento: http://www.santosfoodfestival.com.br/restaurantes-cardapios-santos-festival-food.html
P.S. É importante ressaltar que os preços são fixos. Para almoço o valor é R$ 25,00 e para o jantar o valor é R$ 29,00.
Bjs
Jú
quarta-feira, 14 de abril de 2010
14.04.1983
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
Pára, meu coração!
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...
15-10-1929
The Afghan Whigs
Já postei músicas dessa banda....e, na minha opinião - e eu já falei isso aqui tb - "Gentleman" é um dos melhores cds que já foram feitos....não tem igual....ele é perfeito! de fio a pavio.....
Espero q vcs curtam.....preparem os lencinhos.... :))
Bjs
Jú
terça-feira, 13 de abril de 2010
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Kit Relaxamento
Às vezes o estresse aparece e deixa tudo mais difícil. A boa notícia é que dá para combatê-lo com a ajuda de aliados simples, que cabem dentro da bolsa. Monte já esse arsenal do bem e mande a tensão para bem longe.
Por Patrícia Affonso
Mais que mil palavras
Muitas vezes, quando algo nos tira do eixo, tudo o que desejamos é ver um rosto amigo. Isso nos faz sentir que, apesar das dificuldades, não estamos sozinhos no mundo e, assim, o peso dos problemas pode ser dividido com alguém, tornando a vida mais leve.
Acontece que nem sempre estamos ao lado da pessoa a quem atribuímos o título de porto seguro. Cada um tem suas obrigações, horários, sem falar daqueles que moram longe. Por isso, é tão comum que as pessoas guardem na carteira fotos daqueles a quem querem bem. Pode ser um parente, amigo, namorado... E não é que a sensação de conforto vem rapidinho ao visualizamos aquele rosto tão querido?
A explicação é que ao observar imagens agradáveis, como fotos de pessoas que amamos, o sistema límbico é estimulado. "Essa é a área do cérebro na qual guardamos as memórias afetivas e onde estão os centros de prazer e bem-estar. Por isso, nos deixa mais serenos", explica a terapeuta comportamental Elza Rodrigues, do espaço holístico ReSinto Terapêutico de São Paulo. E como fotos são recordações e recordar é viver...
A serenidade está no ar
O olfato é um sentido capaz de despertar muitas sensações no ser humano, entre elas, a calma e o relaxamento. Nesse contexto, uma boa alternativa são os óleos essenciais. Algumas gotinhas são suficientes para criar uma esfera que inspira tranquilidade, mesmo em situações onde não temos para onde correr, como em um engarrafamento.
Para relaxar durante o trânsito, a aromaterapeuta Sâmia Maluf indica a combinação dos óleos essenciais de hortelã-pimenta e laranja. "Misture 20 gotas de cada um deles e coloque em um pequeno frasco. Abra-o quando entrar no carro e deixe-o assim por alguns minutos, até o aroma se espalhar", ensina. Eles agem limpando a mente, estimulando a concentração e têm ainda efeito revigorante. Mas, se no seu caso o estresse é tão grande que está fazendo você perder preciosas noites de sono, aposte no óleo essencial de lavanda. É possível utilizá-lo no aromatizador plug-in ou misturar de 3 a 6 gotas em 10 mililitros de creme hidratante e passar no corpo antes de deitar.
Ah, chocolate!
Engana-se quem acredita que comer chocolate durante as crises nervosas é apenas uma mania feminina sem fundamento. O alimento contém um aminoácido chamado triptofano, cuja função é estimular a produção de serotonina. Essa substância está associada às sensações de contentamento e prazer, que ajudam a reduzir a tensão. "Além disso, o chocolate possui outros compostos que melhoram o humor e controlam a ansiedade", comenta a especialista em nutrição funcional Daniela Jobst. Por isso, vale, sim, carregar um tabletinho para adoçar a vida nos momentos mais estressantes. A melhor alternativa é o chocolate meio amargo, que contém menor concentração de gordura. Mas mesmo nessa versão, nada de exageros, ok? Essa não deve ser a sua única fonte de satisfação.
Leia um bom livro
Algumas vezes, tudo o que precisamos para relaxar é desviar o foco de uma determinada situação ou problema. Isso se aplica, principalmente, para aqueles dias em que ficamos remoendo o que nos aborreceu por horas a fio, sem encontrar nenhuma saída adequada. Uma sugestão é escolher um bom livro, do gênero de sua preferência, e viver outra realidade por alguns minutos.
Pode ser uma trama engraçada, romântica, intrigante, qualquer coisa que atraia sua atenção... É que quando lemos um livro, sentimos um pouco das vivências do personagem. Rimos, choramos, refletimos, sonhamos com ele. E essa distração pode ser a chave do relaxamento. "A leitura nos propicia um intervalo, uma trégua entre nós e os conflitos que nos perturbam. Muitas vezes, esse respiro é suficiente para nos trazer outra perspectiva", pondera Elza Rodrigues.
Aceita um chá?
Você certamente já ouviu a frase "nada como um chá quentinho para acalmar os ânimos". Os orientais são grandes apreciadores da bebida e aproveitam suas propriedades funcionais para uma série de fins, até para o relaxamento. Para isso, os tipos mais utilizados são o de camomila (Matricaria chamomilla) e erva-cidreira (Melissa officinalis). "Essas ervas possuem substâncias que atuam no controle da ansiedade e nos conferem a sensação de bem-estar", atesta a nutróloga Samantha Enande, de São Paulo. Fácil de levar na bolsa ou guardar na gaveta do escritório, os chás em formato de sachê podem ser muito úteis para quem precisa recobrar o equilíbrio. Vale, também, para aquele frio na barriga que teima em aparecer antes de uma ocasião importante.
Barulhinho bom...
Tem gente que não gosta de praia. Tem gente que não gosta de comida sem tempero. Mas você já ouviu alguém dizendo que não gosta de música? Difícil, né? E não se trata apenas do som. Algumas canções vão mais além: parecem expressar tudo aquilo que estamos sentindo, seja por meio de doçura, protesto, felicidade, sarcasmo, humor... "Assim como as fotografias, a música nos traz lembranças agradáveis e estimulam hormônios ligados ao prazer e à alegria", comenta a terapeuta Elza Rodrigues. Então, não precisa nem pensar duas vezes: colocar aquela música que você adora é um ótimo passo para embalar a leveza da alma. Melhor ainda se puder cantar e dançar junto. Mas se estiver em um local com outras pessoas, use fones de ouvido.
O estilo que soa como um bálsamo para os seus ouvidos pode ser intolerável para seu colega ao lado. Aí, o efeito é o contrário. Em vez de acalmar, você acaba causando irritação.
Para ler mais: http://revistavidanatural.uol.com.br/saude-alimentos/35/artigo164587-1.asp
Social Distortion, agora falta pouco!
É mto engraçado, quando eu falo q vou no Via Funchal assistir o show desta banda, TODO mundo me pergunta: "Quem?". Venho chegando a conclusão q essa é uma banda que com certeza foi subestimada, sabe? Pq eles não deixam nada a dever para os Ramones, The Clash, Misfits, Bad Religion, etc....
O q me conforta é entrar nas comunidades ou nos fóruns de sites e ler q tem gente tão ou mais ansiosa com esse show do que eu!!! Ainda bem!!!!!!!!
Mas para quem não conhece, Social Distortion é uma banda punk californiana q já existe há uns 30 anos....quando o Mike Ness (vocalista) começou ele tinha apenas 17 anos...agora ele já está ficando velhinho, mas espero q ele e outros integrantes mostrem toda energia q eu aprendi a gostar desde q escutei: Story Of My Life, I Was Wrong, Ball And Chain, Bad Luck, Prison Bound, When The Angels Sing, Cold Feelings, Mommy's Litlle Monster, Another State Of Mind, Sometimes I Do e tantas outras...
Bom, deixo-os com o cover q eles fizeram para uma música do Johnny Cash: Ring of Fire.
Bjs
Jú
Mário Quintana - Canção do dia de sempre
A vida assim, jamais cansa...
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...
LOST - Última Temporada
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Contardo Calligaris - Cuidado com o peso e a forma
Na vizinhança do mal - Dulce Critelli
Sócrates tinha razão: uma vida sem reflexão não vale a pena. A vida é provocativa, sempre.
Com o julgamento dos acusados pela morte de Isabella, fui provocada a pensar na esperança que algumas pessoas manifestavam de ouvir uma confissão dos incriminados e na expectativa pela condenação.
Um mal não punido é um mal aceito. Como viver numa sociedade que abriga o mal e o considera lícito? Se fazer o mal é uma escolha, incorporá-lo à estrutura social é intolerável.
Muito antes de toda filosofia, os homens já afirmavam, nos mitos, sua recusa ao mal, a exemplo da história bíblica de Caim, que, por inveja e ciúme, mata seu irmão Abel. Deus condena Caim.
Não haveria no mundo lugar nem para ele nem para o mal. Só o mal que fazemos sem saber e sem querer pode ser perdoado. O mal intencional, mesmo que explicado, é injustificável e só lhe cabe o castigo. Acho que nos é mais suportável viver na iminência da própria morte do que na vizinhança do mal.
Essa é a razão de muitas pessoas ansiarem por uma confissão do autor de um crime. Nela estão presentes a aceitação da culpa, os motivos e algum arrependimento. O autor do delito ganha de volta, com isso, a humanidade obscurecida pelo seu gesto. Ele pode obter ao menos a nossa compreensão.
Se alguém é responsável por um crime e insiste em negar sua autoria, parece dizer que não se importa com nosso julgamento nem julga a si mesmo. Viver entre homens e formar com eles uma comunidade torna-se esforço sem sentido.
O filósofo Karl Jaspers por anos cobra de Heidegger uma explicação por sua adesão ao nazismo. Não quer condenar Heidegger, mas quer conhecer suas razões. Heidegger jamais lhe ofereceu resposta.
Heidegger pode não ter cometido nenhum crime, mas se colocou à parte e acima da vida social, do bem e do mal. Um grande número de pessoas age como ele quando acredita que não tem que dar satisfação de sua vida e de suas escolhas a ninguém.
Este autismo social não apenas tem sido aceito pela nossa cultura como é incentivado. É um comportamento que está na raiz da banalização do mal. Ele cria a crença equívoca de que alguns homens são inimputáveis. Nossa política é construída sobre essa base.
A defesa da inimputabilidade é um dos mais arrogantes crimes contra a humanidade. Diferente do que fez Louis Althusser, filósofo francês que estrangulou a mulher amada durante um surto psicótico. Depois do acontecido, Althusser esteve internado durante anos para tratamento.
Quando tomou conhecimento do que fizera, inclusive de que fora dado como inimputável, exigiu ser julgado de novo. Era-lhe insuportável não se reconhecer e não ser reconhecido como o autor dos seus atos.
Quando não somos responsabilizados e julgados por nossos atos, somos despedidos da nossa própria identidade. Não temos autoria da própria existência. Não somos ninguém.
DULCE CRITELLI , terapeuta existencial e professora de filosofia da PUC-SP, é autora de "Educação e Dominação Cultural" e "Analítica de Sentido" e coordenadora do Existentia - Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana.
dulcecritelli@existentia.com.br
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0804201001.htm
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Sem medo de ser sozinho...
FERNANDA JUNQUEIRA / Colaboração para o UOL
A sociedade impõe, implícita ou explicitamente, que para ser feliz é preciso ter alguém. A mensagem está nas novelas, nas músicas, nos filmes, nos comerciais. Mas, e as pessoas que ainda não encontraram a sua tampa da panela? Estão condenadas à rejeição, à tristeza, a fazer parte das mesas das crianças nas festas de casamento? Segundo os especialistas, um relacionamento amoroso, é claro, só acrescenta à existência. Para a psicóloga Roseana Ribeiro, do Rio de Janeiro, encontrar a cara-metade é necessário não para ser feliz, mas para viver bem de acordo com a nossa natureza. Ela avisa que o encontro não é uma façanha fácil, mas nada é impossível se estivermos abertos aos bons encontros.
A especialista destaca, porém, que existe uma diferença gritante entre “estar sozinho” e “estar solitário”. “Estar solitário é viver com uma lacuna por preencher, é estar perdido em si mesmo, sem esperança de um dia melhor. Não é um estado que escolhemos, é um estado que decorre de uma série de questões. Uma delas pode ser a frustração de ter perdido ou o medo de perder o que nem existe ainda. Há os que preferem a sensação dormente da solidão à dor de tentar acordar para a vida”, teoriza. Já estar sozinho é estar consigo mesmo e, ao mesmo tempo, aberto para novos encontros. “O importante é que a pessoa não concorde com este estado, mas aceite”, conclui Roseana. Isso evita, por exemplo, o isolamento. “Por mais incrível que pareça, sozinho também pode ser estar na companhia de apenas uma pessoa: por exemplo, a própria pessoa”, argumenta Paulo G. P. Tessarioli, psicólogo com título de especialista em sexualidade humana, de São Paulo. “Quando se diz: ‘quero ficar sozinha’, provavelmente, a pessoa está querendo dizer que quer ficar a sós com ela mesma. É possível também ficar sozinha com alguém. Para mim, solitário é aquele indivíduo que prefere o isolamento e que, muitas vezes, se aborrece com os outros, ou que frequentemente critica as pessoas e até mesmo a sociedade e sai de cena, não convive com os demais, com os seus semelhantes”, opina.
Fora de controle
Ou seja, é possível ser feliz sozinho, sim; tudo depende da maneira com que a pessoa encara isso, pois há quem apele, mesmo sem perceber, para mecanismos de fuga. Um dos riscos mais comuns é extravasar o afeto cuidando de um bichinho de estimação. “Ter animal de estimação é fantástico e traz muita alegria para o lar. Entretanto, nada melhor do que gente como a gente para que possamos evoluir, não é? Como evoluir se não trocar ideias, mudar de ideia e discutir com alguém?”, pondera a psicóloga Roseana Ribeiro.
“Na maioria dos casos, essas relações ultrapassam as fronteiras do imaginário, transformando animais em pseudo-seres humanos, ou seja, os tais animais passam a ter um status humano e são vistos como tal. É importante que se diga: tratar bem os animais de estimação é uma obrigação de quem os quer por perto, mas animais não são seres humanos”, ressalta o psicólogo Paulo Tessarioli. Outro perigo de quem vive sozinho – principalmente de quem mora só – é adquirir um monte de manias, como organizar tudo de um jeito metódico ou simplesmente não arrumar nada e deixar a casa uma verdadeira bagunça.
Cobranças
Já quem é bem resolvido com a escolha (ainda que involuntária) de estar “avulso” tem de lidar, em geral, com as cobranças alheias – como a da tia idosa que sempre pergunta à sobrinha quando vai casar ou, pior, “desencalhar”. A pressão familiar, de acordo com Paulo Tessarioli, é um reflexo do comportamento típico de nossa sociedade. “Há uma cultura, velada, de dependência emocional, ou seja, a sociedade nos faz acreditar que a felicidade está em conviver com alguém. Essa pressão pode estar relacionada à necessidade de se constituir famílias. Porém, hoje, não faz mais sentido algum. Infelizmente, penso que vai demorar um pouco para que isso mude.” A dica é não se irritar com perguntas inconvenientes.
A cobrança dos amigos também deve ser encarada com naturalidade. Toda escolha tem seu preço. “Vale ressaltar que estar sozinho é uma escolha que muitas vezes está na contramão do que se espera socialmente de mulheres e homens. Esperar que as pessoas, de um modo geral, entendam e até apóiem essa escolha é querer demais”, diz Paulo. Por isso, nada de temer passar recibo de “vela” se for convidado (a) a participar de um jantar ou balada em que só vão casais ou de fugir de situações em que a turma quer apresentar alguém especial. A melhor forma é tratar esse assunto com descontração. Caso já tenha se convencido de que não existe pessoa perfeita e que só se conhece alguém, realmente, a partir da convivência, você nem vai se incomodar com as interferências alheias.
Para finalizar, nem sempre quem está rodeado de gente está bem acompanhado ou se sente assim. “Muitas vezes a pessoa em questão pode estar fechada a relacionamentos ou está emocionalmente pouco acessível, numa posição defensiva, o que dificulta que qualquer pessoa, mesmo que bem intencionada, se aproxime. Sabe aquela máxima de que não existe ninguém interessante? Difícil? Por mais incrível que pareça, é mais fácil se justificar dessa forma do que olhar para dentro de si mesma e buscar respostas para o que está acontecendo”, conclui Paulo.
http://estilo.uol.com.br/comportamento/ultnot/2010/04/04/sem-medo-de-ser-sozinho.jhtm
The Wallflowers
Hj estava no ônibus escutando meu mp3 e coloquei na rádio....estava tocando esta banda...fazia séculos q eu não a escutava....ô nostalgia....
The Wallflowers me lembra o colegial e, principalmente a Andreia....e só de pensar nela e no quanto ela está longe já me dá uma saudadeeeeeeeee gigante....acho q ela tb não ouve mais essa banda....
Mas que é uma boa lembrança do passado, isso é...pelo menos pra mim!!
Bjss
Jú
terça-feira, 6 de abril de 2010
Café Filosófico, nova temporada, em Santos
Olá!
Recebi por email e divulgo pra vocês.
A CPFL Cultura em Santos retoma no dia 8 de abril, às 19h, a programação do Café Filosófico CPFL com a série Rockfilosofia, que tem curadoria da filósofa Marcia Tiburi e do músico Fernando Chuí.
Trata-se de uma série de quatro encontros acerca da ponte conceitual – e estética - possível entre o rock e a filosofia, traçando afinidades entre obras de nomes importantes do rock e a poética encontrada em suas canções com as correntes filosóficas ao longo da história das principais filosofias do século XX.
A filosofia foi bem traduzida pelo rock no imaginário adolescente do século XX, à medida que as bandas e suas canções compõem um verdadeiro roteiro da tentativa jovem de fazer sentido, de contornar o vazio providenciado pela vida nas cidades grandes, na sociedade digital e globalizada, na sociedade do espetáculo.
“É claro que o rock também é resultado direto da sociedade do espetáculo mas, ao mesmo tempo, é aquilo que vem denunciar os abusos dos preconceitos desta mesma sociedade. Busca-se a afinidade entre os músicos e os filósofos em uma comparação ao mesmo tempo séria e divertida”, adiantam os curadores.
“O objetivo da série é provocar pensamentos sobre o que se ouve, percebendo o que há além de sons e letras, quais as conexões com o estado da cultura, com o espírito do tempo, com as questões que se tornaram decisivas enquanto apareciam apenas como mero entretenimento da juventude”.
A programação da CPFL Cultura em Santos é realizada no Auditório da CPFL Piratininga (Praça dos Andradas, 31 - Centro), com entrada gratuita.
Mais informações no site http://www.cpflcultura.com.br/ ou pelo telefone (19) 3756-8000.
Programação
8 de abril – 19h
“Rock and Roll – A invenção da adolescência entre a indústria e a angústia cultural: Chuck Berry e Elvis Presley” Com Marcia Tiburi, filósofa, e Fernando Chuí, músico.
15 de abril – 19h
“Para uma metafísica do rock: Bob Dylan, Frank Zappa e Gilles Deleuze” Com Daniel Lins, filósofo.
22 de abril – 19h
“Rock and Roll e as Drogas: Psicodelia, Beatles e Jimmy Hendrix” Com Fernando Chuí, músico.
29 de abril – 19h
“Radiohead e Flusser: a lírica do homem máquina” Com Marcia Tiburi, filósofa.
She & Him - Why Do You Let Me Stay Here?
Eu amo essa música. MUITO.
why do you let me stay here, all by myself?
why don't you come and play here?
i'm just sitting on the shelf
why don't you sit right down and stay a while?
we like the same things and i like your style
it's not a secret, why do you keep it?
i'm just sitting on the shelf
i gotta get you presents,
let's make it known
i think you're just so pleasant,
i'd like you for my own
why don't you sit right down and make me smile?
you make me feel like i am just a child
why do you edit?
just give me credit
i'm just sitting on the shelf
Danuza Leão - Segredos
sábado, 3 de abril de 2010
Ilha do Medo (Shutter Island)
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Escutatório - Rubem Alves
Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular.Escutar é complicado e sutil.