domingo, 25 de novembro de 2012
3 Doors Down - Kryptonite
outro dia escutei esta música e não sabia quem cantava...por acaso descobri e relembrei...tem tantas músicas desta banda q eu gostava...principalmente na época de Smallville, há muiiiito tempo atrás!!
Os Infratores
Oiiii
Ontem assisti o filme "Os Infratores" (Lawless)...vocês já ouviram falar??
Ontem assisti o filme "Os Infratores" (Lawless)...vocês já ouviram falar??
O filme, dirigido por John Hillcoat e baseado no livro Wettest County, de Matt Bondurant (neto de um dos personagens do filme), conta a história dos irmãos Bondurant que, na década de 30, na época da Lei Seca, vendiam bevivas alcóolicas ilegalmente.
No elenco temos Tom Hardy (um dos meus atores preferidos atualmente...ele fez Guerra é Guerra, Batman, o Cavaleiro das Trevas, Guerreiro, a Origem, Maria Antonieta, Falcão Negro em Perigo, dentre outros!!), Jason Clarke (que eu não conhecia mas fez uma atuação excelente), Shia LaBeouf, Guy Pearce, Gary Oldman, Jessica Chastain e Mia Wasikowska!! Impressionante, né?!!!
Preciso dizer que fiquei realmente impressionada com este filme...primeiro pelo elenco e atuações, segundo pela história (muito bem montada, fotografada e com um ótimo ritmo e trilha sonora) e terceiro pela violência que aparece no filme...
Gostei muiiiiito mesmo! O filme tem um clima de tensão que nos deixa envolvidos do começo ao fim...impossível não gostar!
Fica a dica!!!
Um abraço,
Jú
sábado, 24 de novembro de 2012
Landon Austin - Once In A Lifetime
é por essa e outras que eu amo internet!!!!!! música d-e-l-i-c-i-o-s-a de escutar!!!
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Tiny Dancer para Lily-Mae
Olááá
Primeirom quero dar uma dica de site que eu frequento a muiiiito tempo e adoro, o Brainstorm!
http://www.brainstorm9.com.br
Segundo, hoje eles postaram uma música que foi regravada por 300 vozes, na Irlanda para arrecadar dinheiro para uma fundação que ajuda crianças com câncer. A música se chama Tiny Dancer é ficou conhecida na voz do Elton John...a música também faz parte da maravilhosa trilha sonora do filme Quase Famoso (alguém aí já assistiu?? é um filme muito gostoso de se ver)..
Enfim, isso tudo é para vocês ouvirem a música e se arrepiarem com as vozes unidas por uma causa bacana!!
Link para o post
Espero que vocês gostem!
Bjss,
Jú
Primeirom quero dar uma dica de site que eu frequento a muiiiito tempo e adoro, o Brainstorm!
http://www.brainstorm9.com.br
Segundo, hoje eles postaram uma música que foi regravada por 300 vozes, na Irlanda para arrecadar dinheiro para uma fundação que ajuda crianças com câncer. A música se chama Tiny Dancer é ficou conhecida na voz do Elton John...a música também faz parte da maravilhosa trilha sonora do filme Quase Famoso (alguém aí já assistiu?? é um filme muito gostoso de se ver)..
Enfim, isso tudo é para vocês ouvirem a música e se arrepiarem com as vozes unidas por uma causa bacana!!
Link para o post
Espero que vocês gostem!
Bjss,
Jú
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Torta Bem Casado - Cacau Show
gente, segue uma rápida dica de guloseima que experimentei ontem!
segue descrição: bolo Português recheado com creme a base de leite condensado, com doce de leite e fina camada de chantilly regado ao leite condensado.
(ainda bem que o theo dividiu comigo e ajudou a diminuir a consciência pesada!! hehehe)
segue descrição: bolo Português recheado com creme a base de leite condensado, com doce de leite e fina camada de chantilly regado ao leite condensado.
(ainda bem que o theo dividiu comigo e ajudou a diminuir a consciência pesada!! hehehe)
sábado, 17 de novembro de 2012
Coldplay - Charlie Brown
uma semana para o casamento da Josi e do Davi! excelente escolha de música deles!!
Heleno
Oiii
Faz tempo que não falo de filmes aqui no blog...não quer dizer que não tenha assistido nenhum filme neste interím, mas não foram significativos o suficiente para que eu quisesse falar sobre eles...
Bjo,
Jú
Faz tempo que não falo de filmes aqui no blog...não quer dizer que não tenha assistido nenhum filme neste interím, mas não foram significativos o suficiente para que eu quisesse falar sobre eles...
Diferente de Heleno, que eu TINHA que comentar!!!!
Estava comentando hoje com a querida Teresa que o Rodrigo Santoro é um dos melhores atores desta nova geração e ele prova isso em "Heleno"! Que interpretação maravilhosa! Q ator convincente e talentoso!!!!!!
O filme é baseado no livro “Nunca Houve um Homem como Heleno”, de Marcos Eduardo Novaes e dirigido por José Henrique Fonseca, conta a história do jogador de futebol Heleno de Freitas, seu gênio explosivo e sua paixão por futebol.
Se você procura por uma cine-biografia, assista esse filme!!!!
Leiam a crítica do Pablo, excelente para variar: http://www.cinemaemcena.com.br/plus/modulos/filme/ver.php?cdfilme=10243
Bjo,
Jú
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Operação Sorriso - Parte II
Oláááá
Esta é a 2ª vez no ano que falo sobre a parceria entre a Ong Operation Smile e a marca Contém 1g!!
Dessa vez eles lançaram novas cores e para não correr o risco de não achar os batons nas lojas aqui de Santos, dessa vez eu vou comprar pela net mesmo!
Entrem no site e vejam o vídeo fofo que eles fizeram!! Fiquei apaixonada! Q lindos sorrisos! Q excelente "causa"
http://www.contem1g.com.br/produtos/nicho/operacao-sorriso/26/detalhes?utm_source=contem&utm_medium=destaque&utm_content=opera%C3%A7%C3%A3o%20sorriso&utm_campaign=Opera%C3%A7%C3%A3o%20Sorriso
Espero que vocês gostem!
Bjsss,
Jú
Esta é a 2ª vez no ano que falo sobre a parceria entre a Ong Operation Smile e a marca Contém 1g!!
Dessa vez eles lançaram novas cores e para não correr o risco de não achar os batons nas lojas aqui de Santos, dessa vez eu vou comprar pela net mesmo!
Entrem no site e vejam o vídeo fofo que eles fizeram!! Fiquei apaixonada! Q lindos sorrisos! Q excelente "causa"
http://www.contem1g.com.br/produtos/nicho/operacao-sorriso/26/detalhes?utm_source=contem&utm_medium=destaque&utm_content=opera%C3%A7%C3%A3o%20sorriso&utm_campaign=Opera%C3%A7%C3%A3o%20Sorriso
Espero que vocês gostem!
Bjsss,
Jú
domingo, 11 de novembro de 2012
Brandon Flowers - Only The Young
adoro quando eu "encontro" uma música como essa...não é uma música nova, mas para mim é.... :)
sábado, 10 de novembro de 2012
Savage Garden - Truly Madly Deeply
tô ficando velha...esta música já tem 15 anos, acreditam??? continuo a curti-la!!!
The Walking Dead - 3ª Temporada
Pessoal,
Mais uma vez venho falar sobre uma série que sou apaixonada: Walking Dead!!! Q série é essa!! Esta terceira temporada está mexendo com meus "nervos"!!! rsrsrs
Cada episódio me surpreende cada vez mais e eu fico tensa, emocionada, irritada (com alguns personagens) mas cada dia com mais curiosidade para assistir os próximos capítulos!!
Principalmente o último, que foi o 4º desta temporada!!! Sério, quase derramei uma lágrima, tal a emoção que senti e não só eu, muitas pessoas elegeram este como o melhor capítulo da série até o momento!!!
Espero que a série melhore a cada episódio e que personagens como Dayrl, Michonne, Meggie, Glenn e Rick continuem vivos!!! hehehehehe
Vocês ainda não sucumbiram a esta série??? Poxa vida...
Para quem assiste a série e quer ler uma boa crítica, acessem: http://www.thewalkingdead.com.br/o-desequilibrio-do-grupo-ninguem-jamais-estara-seguro/
Bjsss
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Mário Sérgio Cortella - Vida e carreira: um equilíbrio possível?
Olááááá
Segue artigo super interessante do portal HSM que foi publicado recentemente.
Espero que vocês gostem!!!
-----------------------------------
Gosto demais do que um dia escreveu o britânico Beda, o Venerável, lá no século VIII: "Há três caminhos para o fracasso: não ensinar o que se sabe; não praticar o que se ensina; não perguntar o que se ignora".
Por isso, uma carreira a ser "turbinada" exige a capacidade de "ensinar o que se sabe", isto é, ter permeabilidade e ser reconhecido como alguém que reparte competências, de modo a fortalecer a equipe e demonstrar ambição (querer mais) em vez de ganância (querer só para si, a qualquer custo).
É necessário também "praticar o que se ensina", de forma a deixar clara a coerência de postura, o equilíbrio entre o dito e o feito, e a disposição para assumir com segurança aquilo que adota como correto.
Por fim, o mais importante, "perguntar o que se ignora", pois corre perigo aquele ou aquela que não demonstrar que está sempre em estado de atenção (em vez de estado de tensão) para ampliar capacidades e assumir a humildade (sem subserviência) de compreender e viver aquilo que Sócrates, na Grécia clássica, nos advertiu: "só sei que nada sei", ou seja, só sei que nada sei por inteiro, só sei que nada sei que só eu saiba, só sei que nada sei que não possa ainda vir a saber.
Afinal, os projetos e metas em qualquer organização são apenas um horizonte que funciona especialmente para sinalizar quais são as possibilidades e limites de progressão; no entanto, horizontes não são obstáculos e sim fronteiras.
Performance e "fazer" carreira exige atitude e iniciativa e, por isso, é um "fazer" em vez de ser um "receber". Construir o equilíbrio das intenções com as condições é prioritário, sempre lembrando que o equilíbrio precisa ser em movimento (como na bicicleta), sem conformar-se com o sedutor e falso equilíbrio que se imagina atingir ao se ficar imóvel.
Em 2007, a Brasilprev pediu-me uma pequena reflexão sobre equilíbrio na vida pessoal e profissional; eu o chamei de “Ô balancê, balancê...”. e agora aqui o retomo.
Balancê? Por incrível que pareça esse termo francês significa, na dança, ficar apenas alternando um pé com o outro, mexendo o corpo para lá e para cá, mas, sem sair do lugar. Quando, em 1936, Braguinha e Alberto Ribeiro compuseram essa marchinha de carnaval, não poderiam supor que mais de 70 anos depois alguns de nós usaríamos a última estrofe como uma lamentação estagnante do desequilíbrio entre vida profissional e vida pessoal: “Eu levo a vida pensando / Pensando só em você / E o tempo passa e eu vou me acabando / No balancê, balancê”.
“Acho que estou precisando colocar as coisas na balança e ver como consigo lidar melhor com a minha vida no trabalho e a minha vida particular.” Tem ouvido muito isso? Tem pensado muito nisso? Ainda bem; é sinal de sanidade. Qualquer perturbação que abale a integridade e autenticidade do que se vive é perniciosa. Todas as vezes nas quais se tem a sensação de se ser “dois”, isto é, de existir de forma dividida, desponta o perigo de se ter de escolher um entre ambos e relegar o outro.
A questão vital não é dividir-se, mas, isso sim, repartir-se. Pode parecer óbvio: quando se divide, há uma diminuição; quando se reparte, há uma multiplicação. Em outras palavras: se me divido entre duas atividades, vem sofrimento; se me reparto, vem equilíbrio.
Não por acaso, a palavra “equilíbrio” está ligada à ideia de pesar, avaliar, aferir e, portanto, colocar na balança. A expressão latina “aequilibrium” tem a sua origem em equ (igual) e libra (balança).
Balancear as dimensões vitais favorece uma mente sadia; afinal, a vida profissional é parte da vida pessoal, e não toda ela. Não deve pesar mais, nem menos. Terá a gravidade (em múltiplos sentidos) que for obtida pelo honesto valor que a ela for atribuído.
O que não dá é ficar só balançando sem sair do lugar; harmonia é construção planejada e persistente, em vez de pura espera.
Para que harmonia, então?
Como um dia desenvolvi no meu livro Qual é a Tua Obra? (Inquietações Propositivas sobre Gestão, Liderança e Ética) publicado pela editora Vozes: Cuidado, a vida é muito curta para ser pequena. É preciso engrandecê-la.
E, para isso, é preciso tomar cuidado com duas coisas: a primeira é que tem muita gente que cuida demais do urgente e deixa de lado o importante. Cuida da carreira, do dinheiro, do patrimônio, mas deixa o importante de lado. Depois não dá tempo. A segunda grande questão é gente que se preocupa muito com o fundamental e deixa o essencial de lado.
O essencial é tudo aquilo que não pode não ser: amizade, fraternidade, solidariedade, sexualidade, religiosidade, lealdade, integridade, liberdade, felicidade. Isso é essencial.
Fundamental é tudo aquilo que te ajuda a chegar ao essencial. Fundamental é a tua ferramenta, como uma escada. Uma escada é algo que me ajuda a chegar a algum lugar. Ninguém tem uma escada para ficar nela. Dinheiro não é essencial. Dinheiro é fundamental. Sem ele, você tem problema, mas ele, em si, não resolve. Emprego é fundamental, carreira é fundamental.
O essencial é o que não pode não ser. Essencial é aquilo que faz com que a vida não se apequene. Que faz com que a gente seja capaz de transbordar.
Repartir vida. Repartir o essencial, a amizade, a amorosidade, a fraternidade, a lealdade. Repartir a capacidade de ter esperança e, para isso, ter coragem.
Coragem não é a ausência de medo. Coragem é a capacidade de enfrentar o medo. O medo, assim como a dor, é um mecanismo de proteção que a natureza coloca para nós. Se você e eu não tivermos medo nem dor, ficamos muito vulneráveis. Porque a dor é um alerta e a dor nos prepara. É preciso coragem para que a nossa obra não se apequene. E, para isso, precisamos ter esperança.
E, como dizia o grande Paulo Freire, “tem de ser esperança do verbo esperançar”. Tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. “Ah, eu espero que dê certo, espero que resolva, espero que funcione.” Isso não é esperança.
Esperançar é ir atrás, é se juntar, é não desistir. Esperançar é achar, de fato, que a vida é muito curta para ser pequena. E precisamos pensar se estamos nos dedicando ao importante em vez de ao urgente.
Tem gente que diz: “Ah, mas eu não tenho tempo”. Atenção: tempo é uma questão de prioridade, de escolha. Quando eu digo que não tenho tempo para isso, estou dizendo que isso não é importante para mim. Cuidado, você já viu infartado que não tem tempo? Se ele sobreviver, ele arruma um tempo. O médico dizia “você não pode fazer isso, tem de andar todo os dias”. Se ele infartar e sobreviver, no outro dia você vai vê-lo, às 6 horas da manhã, andando. Se ele tinha tempo, que ele teve de arrumar agora, por que não fez isso antes? Você tem tempo? Se não tem, crie. Talvez precisemos rever as nossas prioridades.
Será que estamos cuidando do urgente e deixando o importante de lado? Será que não estamos atrás do fundamental, em vez de ir em busca do essencial?
Portal HSM
17/10/2012
Segue artigo super interessante do portal HSM que foi publicado recentemente.
Espero que vocês gostem!!!
-----------------------------------
Vida e carreira: um equilíbrio possível?
Gosto demais do que um dia escreveu o britânico Beda, o Venerável, lá no século VIII: "Há três caminhos para o fracasso: não ensinar o que se sabe; não praticar o que se ensina; não perguntar o que se ignora".
Por isso, uma carreira a ser "turbinada" exige a capacidade de "ensinar o que se sabe", isto é, ter permeabilidade e ser reconhecido como alguém que reparte competências, de modo a fortalecer a equipe e demonstrar ambição (querer mais) em vez de ganância (querer só para si, a qualquer custo).
É necessário também "praticar o que se ensina", de forma a deixar clara a coerência de postura, o equilíbrio entre o dito e o feito, e a disposição para assumir com segurança aquilo que adota como correto.
Por fim, o mais importante, "perguntar o que se ignora", pois corre perigo aquele ou aquela que não demonstrar que está sempre em estado de atenção (em vez de estado de tensão) para ampliar capacidades e assumir a humildade (sem subserviência) de compreender e viver aquilo que Sócrates, na Grécia clássica, nos advertiu: "só sei que nada sei", ou seja, só sei que nada sei por inteiro, só sei que nada sei que só eu saiba, só sei que nada sei que não possa ainda vir a saber.
Afinal, os projetos e metas em qualquer organização são apenas um horizonte que funciona especialmente para sinalizar quais são as possibilidades e limites de progressão; no entanto, horizontes não são obstáculos e sim fronteiras.
Performance e "fazer" carreira exige atitude e iniciativa e, por isso, é um "fazer" em vez de ser um "receber". Construir o equilíbrio das intenções com as condições é prioritário, sempre lembrando que o equilíbrio precisa ser em movimento (como na bicicleta), sem conformar-se com o sedutor e falso equilíbrio que se imagina atingir ao se ficar imóvel.
Em 2007, a Brasilprev pediu-me uma pequena reflexão sobre equilíbrio na vida pessoal e profissional; eu o chamei de “Ô balancê, balancê...”. e agora aqui o retomo.
Balancê? Por incrível que pareça esse termo francês significa, na dança, ficar apenas alternando um pé com o outro, mexendo o corpo para lá e para cá, mas, sem sair do lugar. Quando, em 1936, Braguinha e Alberto Ribeiro compuseram essa marchinha de carnaval, não poderiam supor que mais de 70 anos depois alguns de nós usaríamos a última estrofe como uma lamentação estagnante do desequilíbrio entre vida profissional e vida pessoal: “Eu levo a vida pensando / Pensando só em você / E o tempo passa e eu vou me acabando / No balancê, balancê”.
“Acho que estou precisando colocar as coisas na balança e ver como consigo lidar melhor com a minha vida no trabalho e a minha vida particular.” Tem ouvido muito isso? Tem pensado muito nisso? Ainda bem; é sinal de sanidade. Qualquer perturbação que abale a integridade e autenticidade do que se vive é perniciosa. Todas as vezes nas quais se tem a sensação de se ser “dois”, isto é, de existir de forma dividida, desponta o perigo de se ter de escolher um entre ambos e relegar o outro.
A questão vital não é dividir-se, mas, isso sim, repartir-se. Pode parecer óbvio: quando se divide, há uma diminuição; quando se reparte, há uma multiplicação. Em outras palavras: se me divido entre duas atividades, vem sofrimento; se me reparto, vem equilíbrio.
Não por acaso, a palavra “equilíbrio” está ligada à ideia de pesar, avaliar, aferir e, portanto, colocar na balança. A expressão latina “aequilibrium” tem a sua origem em equ (igual) e libra (balança).
Balancear as dimensões vitais favorece uma mente sadia; afinal, a vida profissional é parte da vida pessoal, e não toda ela. Não deve pesar mais, nem menos. Terá a gravidade (em múltiplos sentidos) que for obtida pelo honesto valor que a ela for atribuído.
O que não dá é ficar só balançando sem sair do lugar; harmonia é construção planejada e persistente, em vez de pura espera.
Para que harmonia, então?
Como um dia desenvolvi no meu livro Qual é a Tua Obra? (Inquietações Propositivas sobre Gestão, Liderança e Ética) publicado pela editora Vozes: Cuidado, a vida é muito curta para ser pequena. É preciso engrandecê-la.
E, para isso, é preciso tomar cuidado com duas coisas: a primeira é que tem muita gente que cuida demais do urgente e deixa de lado o importante. Cuida da carreira, do dinheiro, do patrimônio, mas deixa o importante de lado. Depois não dá tempo. A segunda grande questão é gente que se preocupa muito com o fundamental e deixa o essencial de lado.
O essencial é tudo aquilo que não pode não ser: amizade, fraternidade, solidariedade, sexualidade, religiosidade, lealdade, integridade, liberdade, felicidade. Isso é essencial.
Fundamental é tudo aquilo que te ajuda a chegar ao essencial. Fundamental é a tua ferramenta, como uma escada. Uma escada é algo que me ajuda a chegar a algum lugar. Ninguém tem uma escada para ficar nela. Dinheiro não é essencial. Dinheiro é fundamental. Sem ele, você tem problema, mas ele, em si, não resolve. Emprego é fundamental, carreira é fundamental.
O essencial é o que não pode não ser. Essencial é aquilo que faz com que a vida não se apequene. Que faz com que a gente seja capaz de transbordar.
Repartir vida. Repartir o essencial, a amizade, a amorosidade, a fraternidade, a lealdade. Repartir a capacidade de ter esperança e, para isso, ter coragem.
Coragem não é a ausência de medo. Coragem é a capacidade de enfrentar o medo. O medo, assim como a dor, é um mecanismo de proteção que a natureza coloca para nós. Se você e eu não tivermos medo nem dor, ficamos muito vulneráveis. Porque a dor é um alerta e a dor nos prepara. É preciso coragem para que a nossa obra não se apequene. E, para isso, precisamos ter esperança.
E, como dizia o grande Paulo Freire, “tem de ser esperança do verbo esperançar”. Tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. “Ah, eu espero que dê certo, espero que resolva, espero que funcione.” Isso não é esperança.
Esperançar é ir atrás, é se juntar, é não desistir. Esperançar é achar, de fato, que a vida é muito curta para ser pequena. E precisamos pensar se estamos nos dedicando ao importante em vez de ao urgente.
Tem gente que diz: “Ah, mas eu não tenho tempo”. Atenção: tempo é uma questão de prioridade, de escolha. Quando eu digo que não tenho tempo para isso, estou dizendo que isso não é importante para mim. Cuidado, você já viu infartado que não tem tempo? Se ele sobreviver, ele arruma um tempo. O médico dizia “você não pode fazer isso, tem de andar todo os dias”. Se ele infartar e sobreviver, no outro dia você vai vê-lo, às 6 horas da manhã, andando. Se ele tinha tempo, que ele teve de arrumar agora, por que não fez isso antes? Você tem tempo? Se não tem, crie. Talvez precisemos rever as nossas prioridades.
Será que estamos cuidando do urgente e deixando o importante de lado? Será que não estamos atrás do fundamental, em vez de ir em busca do essencial?
Portal HSM
17/10/2012
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Suzana Herculano - Generosidade: natural ou racional?
Oi pessoal,
Olha q texto interessante da Suzana Herculano para a FSP, caderno "Equilíbrio", de outubro!
Bjss
Jú
----------------
Generosidade: natural ou racional?
Demonstrações de generosidade não são exclusividade nossa, pois outros animais -felinos, cetáceos e até ratos- também exibem comportamento altruísta.
Mas não importa: o fato é que o ser humano, ainda bem, é capaz de tomar decisões que beneficiam os outros mesmo quando geram prejuízos para ele, por exemplo para seu próprio bolso.
Para aqueles que acham que só humanos são racionais o suficiente para pensar no que é certo ou errado, a evidência de generosidade em outros animais já deveria bastar para levantar a suspeita de que por trás desse comportamento estão valores emocionais automáticos, como apego e identificação com o outro.
Ainda assim, contudo, resta a possibilidade: será que a generosidade humana também tem outras fontes, mais racionais?
Uma das perguntas colocadas pelo Laboratório de Neuroeconomia de Antonio Rangel, no Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia), nos EUA, é: será a generosidade humana oriunda de um prazer genuíno em ajudar ao próximo? Ou vem de uma decisão racional sobre se é certo ou errado você ficar com tudo em vez de dividir com os outros?
Estudando voluntários que toparam decidir de dentro de um aparelho de ressonância magnética como dividir com outros participantes o dinheiro que lhes era ofertado, o grupo descobriu que... as duas coisas são possíveis.
O grau de generosidade dos participantes é variável, tanto entre indivíduos quanto ao longo de cada sessão de estudo, com escolhas cada vez menos generosas ao longo do tempo -um sinal de que a generosidade requer esforço, o que vai ficando cada vez mais difícil conforme o cansaço aumenta.
Esse esforço pode ser visto no cérebro como um aumento da atividade pré-frontal durante decisões generosas, sinal de controle.
A generosidade, de fato, exige controle em algumas pessoas: aquelas menos generosas, cujo cérebro exibe sinais de satisfação ao ver uma decisão generosa não ser implementada. Para essas pessoas, ser generoso é, de fato, fazer a coisa certa.
Mas, para pessoas que se mostram mais frequentemente generosas, decidir compartilhar seus ganhos com conhecidos ou com estranhos não requer qualquer esforço pré-frontal.
Pelo contrário, causa-lhes uma decepção mensurável no cérebro ver a sua escolha generosa não ser implementada.
Para eles, ser generoso - o que os outros consideram "a coisa certa" -é apenas natural. É... há esperanças para a sociedade!
SUZANA HERCULANO-HOUZEL é neurocientista, professora da UFRJ, autora de "Pílulas de Neurociência para uma Vida Melhor" (ed. Sextante) e do blog www.suzanaherculanohouzel.com
Olha q texto interessante da Suzana Herculano para a FSP, caderno "Equilíbrio", de outubro!
Bjss
Jú
----------------
Generosidade: natural ou racional?
Demonstrações de generosidade não são exclusividade nossa, pois outros animais -felinos, cetáceos e até ratos- também exibem comportamento altruísta.
Mas não importa: o fato é que o ser humano, ainda bem, é capaz de tomar decisões que beneficiam os outros mesmo quando geram prejuízos para ele, por exemplo para seu próprio bolso.
Para aqueles que acham que só humanos são racionais o suficiente para pensar no que é certo ou errado, a evidência de generosidade em outros animais já deveria bastar para levantar a suspeita de que por trás desse comportamento estão valores emocionais automáticos, como apego e identificação com o outro.
Ainda assim, contudo, resta a possibilidade: será que a generosidade humana também tem outras fontes, mais racionais?
Uma das perguntas colocadas pelo Laboratório de Neuroeconomia de Antonio Rangel, no Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia), nos EUA, é: será a generosidade humana oriunda de um prazer genuíno em ajudar ao próximo? Ou vem de uma decisão racional sobre se é certo ou errado você ficar com tudo em vez de dividir com os outros?
Estudando voluntários que toparam decidir de dentro de um aparelho de ressonância magnética como dividir com outros participantes o dinheiro que lhes era ofertado, o grupo descobriu que... as duas coisas são possíveis.
O grau de generosidade dos participantes é variável, tanto entre indivíduos quanto ao longo de cada sessão de estudo, com escolhas cada vez menos generosas ao longo do tempo -um sinal de que a generosidade requer esforço, o que vai ficando cada vez mais difícil conforme o cansaço aumenta.
Esse esforço pode ser visto no cérebro como um aumento da atividade pré-frontal durante decisões generosas, sinal de controle.
A generosidade, de fato, exige controle em algumas pessoas: aquelas menos generosas, cujo cérebro exibe sinais de satisfação ao ver uma decisão generosa não ser implementada. Para essas pessoas, ser generoso é, de fato, fazer a coisa certa.
Mas, para pessoas que se mostram mais frequentemente generosas, decidir compartilhar seus ganhos com conhecidos ou com estranhos não requer qualquer esforço pré-frontal.
Pelo contrário, causa-lhes uma decepção mensurável no cérebro ver a sua escolha generosa não ser implementada.
Para eles, ser generoso - o que os outros consideram "a coisa certa" -é apenas natural. É... há esperanças para a sociedade!
SUZANA HERCULANO-HOUZEL é neurocientista, professora da UFRJ, autora de "Pílulas de Neurociência para uma Vida Melhor" (ed. Sextante) e do blog www.suzanaherculanohouzel.com
Assinar:
Postagens (Atom)