terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Limpeza

Fim de ano é bom momento para fazer "limpeza solidária" em casa e doar peças sem uso
DANIELA SALÚ


Todo fim de ano é a mesma coisa: em algum momento tomamos consciência da quantidade de objetos sem uso que temos em casa e pensamos em colocar em prática uma "limpa" de ano-novo. Roupas, brinquedos, móveis, revistas, jornais, utensílios domésticos e eletrônicos são alguns dos itens que acabam se acumulando sem necessidade, ocupando um espaço valioso, enquanto poderiam ser muito melhor aproveitados em uma instituição beneficente.

No intuito de estimular uma "limpeza solidária" neste final de 2008, UOL Estilo ouviu profissionais da área de organização pessoal que deram dicas de como manter a casa em ordem, e ainda, ajudar quem precisa.

Planejamento: Não tente organizar a casa inteira de uma só vez. Estabeleça um planejamento cômodo a cômodo, gaveta a gaveta se for preciso. Assim o risco de desanimar com a bagunça e colocar tudo de volta no lugar é menor.

Descarte: Durante a organização, utilize três caixas vazias. Na primeira, coloque tudo o que você pretende doar. A segunda serve para aqueles itens que ainda podem ser consertados. A terceira é para os objetos que você tem dúvidas se realmente quer se livrar. Guarde-a em um local longe do seu campo de visão e volte a avaliar seu conteúdo em seis meses. "É possível que dentro desse período você perceba que pode viver sem aquilo, o que facilita o desapego", diz Cristiane Amatuzzi Rebello, da Benfatto Organiza, em Curitiba.

Roupas: Esse é um dos itens que se acumula mais facilmente, segundo as especialistas em organização. Seja porque temos apego a peças que um dia foram significativas, ou porque resolvemos seguir com afinco a moda de cinco estações atrás, ou ainda, porque mantemos a esperança de um dia voltar a vestir aquele jeans dois números menor que o atual. Para liberar espaço no guarda-roupa, faça uma avaliação simples: durante o último ano a peça foi usada alguma vez? Em caso negativo, vale a pena separar, nem que seja para colocá-la na caixa das dúvidas.

O que não doar: Avalie o estado das peças que você pretende doar. Algumas entidades possuem oficinas que consertam objetos quebrados para serem vendidos em bazares próprios, com a renda revertida para a instituição, mas não são todas. Brinquedos quebrados, sapatos furados e roupas rasgadas podem não ser bem-vindos. Doe o que não serve mais para você, mas que esteja em boas condições de uso para outra pessoa.

Quartinho da bagunça: Quem não tem empregada doméstica que mora no trabalho normalmente utiliza o espaço que seria destinado ao quarto dela para acumular tudo o que não está em uso na casa. Ao invés de fazer do local um depósito de coisas velhas, use-o como um espaço de transição: coloque ali os itens que você pretende doar, estabelecendo um tempo limite para realmente descartá-los, sem deixar que eles se acumulem ali indefinidamente.

Entra um, sai outro: Quando a casa estiver organizada, sem excessos inúteis, uma maneira de evitar um acúmulo novamente é estabelecer uma regra simples: sempre que comprar algo novo, desfaça-se de um item similar antigo. Um exemplo são roupas de cama, mesa e banho, ou utensílios para a cozinha, como potes e talheres. A tendência é que os novos sejam mais usados, e os velhos fiquem no fundo do armário ou da gaveta. Isso também vale para crianças, que podem desde cedo aprender noções de solidariedade e se acostumar a doar um brinquedo antigo que não usa mais ao ganhar um novo. Separando-os já na chegada dos novos, você evita o acúmulo desnecessário.

Presentes indesejados: Quem nunca ganhou um presente que não gostou muito, mas manteve em casa por consideração à pessoa que o deu? Pode ser uma peça que não combina com a decoração ou uma roupa que não serviu e não foi possível trocar. Se você acredita que esse item vai ser mais útil para outra pessoa, inclua na sua lista de doações, e, quando for indagado sobre o presente, use uma saída diplomática: "Vale dizer que as crianças quebraram ou que manchou na lavagem para não ofender" brinca Heloisa Sundfeld, fundadora da Help Personal Assistant, que presta serviços de organização nas cidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Itapema (SC).

Valor sentimental: Não é raro mantermos objetos em casa por causa do significado que eles têm para nós. E com esse argumento, vamos acumulando muitas coisas sem utilidade, que ficam esquecidas em lugares remotos e pouco acessados. "Será que a peça realmente tem tanta importância se está escondida?", questiona a personal organizer Ângela Gomes, de São Paulo. Para ela, quando um item tem um valor sentimental considerável, merece ficar em destaque na decoração. Caso contrário pode ser mais valoroso nas mãos de outra pessoa.

Consultoria:

Consultoria:Ângela Gomes, personal organizerCristiane Amatuzzi Rebello, consultora em organização da Benfatto OrganizaHeloisa Sundfeld, fundadora da Help Personal Assistant

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