sexta-feira, 30 de março de 2012
Pink Floyd - Wish you were here
em homenagem ao Sr. Roger Walters que fará show em SP neste domingo!
minha música preferida do Pink Floyd.
enjoy!
quinta-feira, 29 de março de 2012
Adélia Prado - Corridinho
O amor quer abraçar e não pode.
A multidão em volta,
com seus olhos cediços,
põe caco de vidro no muro
para o amor desistir.
O amor usa o correio,
o correio trapaceia,
a carta não chega,
o amor fica sem saber se é ou não é.
O amor pega o cavalo,
desembarca do trem,
chega na porta cansado
de tanto caminhar a pé.
Fala a palavra açucena,
pede água, bebe café,
dorme na sua presença,
chupa bala de hortelã.
Tudo manha, truque, engenho:
é descuidar, o amor te pega,
te come, te molha todo.
Mas água o amor não é.
Texto extraído do livro "Adélia Prado - Poesia Reunida", Siciliano - 1991, São Paulo, pág. 181.
Link para mais poesias da Adélia
http://vonrickhy.sites.uol.com.br/adeliapoe.htm
terça-feira, 27 de março de 2012
A Separação
Oii
Ontem assisti ao filme iraniano "A Separação", ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro e dirigido por Asghar Farhadi.
Q filme maravilhoso, incrível! Fiquei absolutamente envolvida e emocionada com a história, os personagens, os conflitos...para vocês terem uma noção, quando os créditos do filme começaram a aparecer na tela, nem eu, nem as pessoas que estavam na sessão pareciam querer sair da sala....
Sabe aquele tipo de filme que vão acontecendo as coisas e você não consegue deixar de esboçar um: "Ai, não acredito!", "Puxa", "Caramba", "Q f..." e por aí vai...então, esse filme é assim...
Li algumas críticas e todos falavam desta sensação de que o telespectador está super perto da história, não só como expectador, mas interagindo, de fato...além do que, as problemáticas são tão reais, tão possíveis de acontecer, q não parece um filme, algo distanciado da realidade, não mesmo...
Mas o que impressiona mesmo é o nível de entrega e de interpretação do elenco, de uma maneira geral. Destaco os atores Leila Hatami e Peyman Moadi, o casal que está se separando. Parecia que eles eram de fato um casal e nós estavámos presenciando as discussões de nossos amigos ou parentes...
Filme para se aplaudir de pé. E para pensar e repensar em tantos assuntos, mas - principalmente - como uma sucessão de mal-entendidos pode levar a mágoa e sofrimento...
Super merecido o Oscar. Assistam!
Bjo,
Jú M.
domingo, 25 de março de 2012
Shame
Oiii
Sexta-feira assisti ao perturbador "Shame", segundo filme do diretor Steve Mcqueen. O 1º filme "Hunger" também parece bem forte e fiquei super curiosa para assistir.
O filme basicamente retrata a vida do personagem Brandon (interpretado magnificamente pelo ator Michael Fassbender), um individuo com compulsão por sexo e o caos que sua vida se transforma após a chegada de sua irmã Sissy, que é vivida pela atriz Carey Mulligan.
O filme daria um beeeelo estudo psicológico, mas não é este seu objetivo. Mesmo assim é muito interessante (e infelizmente triste) perceber até onde chega a degradação de uma pessoa para alimentar seu vício.
Se vocês tiverem curiosidade para assistir outros filmes deste ator, recomendo fortemente:
X-men (1ª classe) e Bastados Inglórios. Ele também estará em cartaz com o filme "Um método perigoso", onde ele interpreta o psiquiatra Jung, discípulo de Freud e fundador da Psicologia Analítica.
Não é um filme fácil, mas vale a pena assistir pelo Michael Fassbender.
Bjo,
Juliana M.
sexta-feira, 23 de março de 2012
quarta-feira, 21 de março de 2012
O que é arte?
Oi pessoal, boa noite!!!
Como você estão?? Vocês estão preparados para ler cada vez mais posts sobre arte neste blog??? Espero que vocês gostem...faz parte do momento maravilhoso que estou vivendo...
E para provocá-los um pouquinho, achei um site dentro do site (!) do ItauCultural q faz algumas perguntinhas para provocar nossa reflexão com relação à nossa percepção do que é arte ou não..
Dêem uma olhadinha, é mto show!!!
http://www.itaucultural.org.br/istoearte/perguntas%20paradas.html
Um abraçãoooo,
Jú
Como você estão?? Vocês estão preparados para ler cada vez mais posts sobre arte neste blog??? Espero que vocês gostem...faz parte do momento maravilhoso que estou vivendo...
E para provocá-los um pouquinho, achei um site dentro do site (!) do ItauCultural q faz algumas perguntinhas para provocar nossa reflexão com relação à nossa percepção do que é arte ou não..
Dêem uma olhadinha, é mto show!!!
http://www.itaucultural.org.br/istoearte/perguntas%20paradas.html
Um abraçãoooo,
Jú
terça-feira, 20 de março de 2012
Projeto Saco é um Saco
Oi pessoal,
Achei super legal esta campanha do Instituto Akatu.
Conheçam o site, é demais!
http://www.sacoeumsaco.gov.br/
Achei super legal esta campanha do Instituto Akatu.
Conheçam o site, é demais!
http://www.sacoeumsaco.gov.br/
Um abraço,
Jú
segunda-feira, 19 de março de 2012
domingo, 18 de março de 2012
Amigos
....sem eles não somos nada...
Este post é para agradecer a TODOS eles (sem ordem de preferência, todos estão no meu coração, seja a família ou a vida que tenha nos reunido):
José Luiz,
D Leda,
Theo,
Serginho,
Andreia,
Fernanda,
Clarissa,
Heloise,
Emanoele,
Ana Lucia,
Spindola,
Camila,
Sabrina,
Oscar,
Claudia M,
Regina,
Neusa,
Taleia,
Daniel,
Fábio,
Patricia,
Priscilinha,
Paula G.,
Marcia,
Mariana,
Ana K,
Andrea,
Bryna,
Claudia L.,
Mayra,
Vivien,
Cleusa,
Cris,
Dani,
Tati,
Edinah,
Leandro,
Elga,
Luiz,
Robbie,
Manu,
Angelo,
Paula B,
Josi,
Sara,
Thais,
Pammela,
Priscila B.,
Thiago,
Teresa,
etc...
fora os amigos do namorado, os amigos dos amigos, enfim, todas essas pessoas bacanas q acrescentam cor à minha vida!
menção honrosa para Valdineia e Deolinda q não estão mais aq, mas estão, só q de outra maneira...
Jú
Este post é para agradecer a TODOS eles (sem ordem de preferência, todos estão no meu coração, seja a família ou a vida que tenha nos reunido):
José Luiz,
D Leda,
Theo,
Serginho,
Andreia,
Fernanda,
Clarissa,
Heloise,
Emanoele,
Ana Lucia,
Spindola,
Camila,
Sabrina,
Oscar,
Claudia M,
Regina,
Neusa,
Taleia,
Daniel,
Fábio,
Patricia,
Priscilinha,
Paula G.,
Marcia,
Mariana,
Ana K,
Andrea,
Bryna,
Claudia L.,
Mayra,
Vivien,
Cleusa,
Cris,
Dani,
Tati,
Edinah,
Leandro,
Elga,
Luiz,
Robbie,
Manu,
Angelo,
Paula B,
Josi,
Sara,
Thais,
Pammela,
Priscila B.,
Thiago,
Teresa,
etc...
fora os amigos do namorado, os amigos dos amigos, enfim, todas essas pessoas bacanas q acrescentam cor à minha vida!
menção honrosa para Valdineia e Deolinda q não estão mais aq, mas estão, só q de outra maneira...
Jú
quarta-feira, 14 de março de 2012
Homenageando a poesia e o poeta
Os poemas
Os poemas são pássaros que chegam / não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo / como de um alçapão.
Eles não têm pouso / nem porto / alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Mario Quintana
Os poemas são pássaros que chegam / não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo / como de um alçapão.
Eles não têm pouso / nem porto / alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Mario Quintana
Mirian Goldenberg - Nosso corpo nos pertence
Oii
Segue abaixo texto da antropóloga Mirian Goldeberg (não é a 1ª vez que ela aparece aqui no blog) publicado hoje no caderno Equilibrio do Jornal "Folha de SP".
Espero q vocês gostem das reflexões que ele provoca.
Um abraço,
Jú M.
----------------------------------------
No final dos anos 60, as feministas norte-americanas queimaram sutiãs em praça pública para protestar contra a dominação masculina. Elas gritaram: "Nosso corpo nos pertence". Não sabemos se houve realmente a queima de sutiãs, mas o poder dessa imagem é tão forte que, até hoje, simboliza a luta contra a opressão das mulheres.
Leila Diniz, em 1971, exibiu a barriga grávida de biquíni na praia de Ipanema. Até então, as grávidas escondiam as barrigas em roupas largas e escuras. A barriga grávida de Leila Diniz representa a mesma mensagem: "Meu corpo me pertence".
Quase meio século depois desses dois eventos libertários, como as brasileiras se sentem com seus corpos?
Uma psicanalista de 59 anos afirma: "Muitas mulheres, inclusive as mais jovens e magras, não usam biquínis ou shorts porque sentem vergonha das celulites e estrias. Deixam de ir à praia, festas e até de trabalhar quando se sentem gordas ou feias. Só fazem sexo de luz apagada. Colocam uma lente de aumento nas imperfeições e são cegas para todo o resto. Algumas estão viciadas em cirurgias plásticas, botox, preenchimentos. Outras passam a vida inteira reféns de regimes malucos".
Ela constata um enorme sofrimento em função da busca do corpo perfeito. "As mulheres estão obcecadas com a aparência e têm pânico de envelhecer. O pior é que elas são muito mais cruéis com a aparência feminina do que com a masculina. Dizem que os homens ficam charmosos com rugas e cabelos brancos, mas são extremamente críticas com as mulheres que engordam e não pintam os cabelos." Ela conclui: "É a verdadeira prisão do século 21".
Simone de Beauvoir disse que só existe uma saída para as mulheres: elas devem recusar os limites que lhes são impostos e procurar abrir para si e para as outras mulheres os caminhos da libertação.
O Dia Internacional da Mulher provoca uma reflexão: o que estamos fazendo, no nosso dia a dia, para deixar de ser coniventes com a imposição de um modelo de corpo que exclui a maior parte das brasileiras?
Por que não resgatamos o famoso slogan feminista "nosso corpo nos pertence" e nos tornamos protagonistas de uma nova revolução? Que tal pararmos de esconder nossos corpos e nos libertarmos das pressões sociais que ainda aprisionam as mulheres brasileiras?
MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de "Toda Mulher é Meio Leila Diniz" (Ed. BestBolso)
www.miriangoldenberg.com.br
Segue abaixo texto da antropóloga Mirian Goldeberg (não é a 1ª vez que ela aparece aqui no blog) publicado hoje no caderno Equilibrio do Jornal "Folha de SP".
Espero q vocês gostem das reflexões que ele provoca.
Um abraço,
Jú M.
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No final dos anos 60, as feministas norte-americanas queimaram sutiãs em praça pública para protestar contra a dominação masculina. Elas gritaram: "Nosso corpo nos pertence". Não sabemos se houve realmente a queima de sutiãs, mas o poder dessa imagem é tão forte que, até hoje, simboliza a luta contra a opressão das mulheres.
Leila Diniz, em 1971, exibiu a barriga grávida de biquíni na praia de Ipanema. Até então, as grávidas escondiam as barrigas em roupas largas e escuras. A barriga grávida de Leila Diniz representa a mesma mensagem: "Meu corpo me pertence".
Quase meio século depois desses dois eventos libertários, como as brasileiras se sentem com seus corpos?
Uma psicanalista de 59 anos afirma: "Muitas mulheres, inclusive as mais jovens e magras, não usam biquínis ou shorts porque sentem vergonha das celulites e estrias. Deixam de ir à praia, festas e até de trabalhar quando se sentem gordas ou feias. Só fazem sexo de luz apagada. Colocam uma lente de aumento nas imperfeições e são cegas para todo o resto. Algumas estão viciadas em cirurgias plásticas, botox, preenchimentos. Outras passam a vida inteira reféns de regimes malucos".
Ela constata um enorme sofrimento em função da busca do corpo perfeito. "As mulheres estão obcecadas com a aparência e têm pânico de envelhecer. O pior é que elas são muito mais cruéis com a aparência feminina do que com a masculina. Dizem que os homens ficam charmosos com rugas e cabelos brancos, mas são extremamente críticas com as mulheres que engordam e não pintam os cabelos." Ela conclui: "É a verdadeira prisão do século 21".
Simone de Beauvoir disse que só existe uma saída para as mulheres: elas devem recusar os limites que lhes são impostos e procurar abrir para si e para as outras mulheres os caminhos da libertação.
O Dia Internacional da Mulher provoca uma reflexão: o que estamos fazendo, no nosso dia a dia, para deixar de ser coniventes com a imposição de um modelo de corpo que exclui a maior parte das brasileiras?
Por que não resgatamos o famoso slogan feminista "nosso corpo nos pertence" e nos tornamos protagonistas de uma nova revolução? Que tal pararmos de esconder nossos corpos e nos libertarmos das pressões sociais que ainda aprisionam as mulheres brasileiras?
MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de "Toda Mulher é Meio Leila Diniz" (Ed. BestBolso)
www.miriangoldenberg.com.br
Exposição Marilyn Monroe
Olá!
Fiquei com muita vontade de ver a exposição 'Quero ser Marilyn Monroe!' que estará na Cinemateca Brasileira, de 4 de março a 1º de abril, com entrada gratuita.
Entre fotos, obras de arte e pinturas, serão 125 peças, que relembram a vida da "diva" americana.
Dentre os filmes que serão exibidos, estão: "A Malvada", "Nunca Fui Santa", "Os Homens Preferem as Loiras", "O Pecado Mora ao Lado", "Como Agarrar um Milionário"
"Adorável Pecadora"; "Os Desajustados", etc...
A Cinemateca está aberta para visitas de segunda à domingo, das 10 às 21h.
O endereço é Largo Sen. Raul Cardoso, 207 - Vila Mariana - São Paulo, 04021-070
Mais informações: http://www.marilynmonroe.com.br/
Fiquei com muita vontade de ver a exposição 'Quero ser Marilyn Monroe!' que estará na Cinemateca Brasileira, de 4 de março a 1º de abril, com entrada gratuita.
Entre fotos, obras de arte e pinturas, serão 125 peças, que relembram a vida da "diva" americana.
Dentre os filmes que serão exibidos, estão: "A Malvada", "Nunca Fui Santa", "Os Homens Preferem as Loiras", "O Pecado Mora ao Lado", "Como Agarrar um Milionário"
"Adorável Pecadora"; "Os Desajustados", etc...
A Cinemateca está aberta para visitas de segunda à domingo, das 10 às 21h.
O endereço é Largo Sen. Raul Cardoso, 207 - Vila Mariana - São Paulo, 04021-070
Mais informações: http://www.marilynmonroe.com.br/
Um abraço,
Jú Matias
terça-feira, 13 de março de 2012
Yael Naim - New Soul
adoro essa música!!!
redescobri-a pq entrei no site da marca farm, mais espeficamente, o site da radio que eles fizeram! vale a pena descobrir e passar um tempo ouvindo bandas interessantes (novas e velhas)
http://www.farmrio.com.br/adoro/shared/?url=/radio/
Jornal "O Globo": Jovens falam sobre medo de ficar sem celular
Nomofobia afeta 66% da população mundial, segundo pesquisa.
RIO - A cena é comum em mesas de bar, no ônibus e até dentro das salas de aula: as pessoas não conseguem ficar três minutos sem olhar para seus telefones celulares. Trata-se de uma realidade carioca que reforça uma estatística mundial. De acordo com uma pesquisa divulgada mês passado pela empresa britânica SecurEnvoy, especializada em serviços de segurança móvel, 66% da população do planeta já "sofre" de uma tal nomofobia. Vem a ser o medo, quase pânico, que uma pessoa tem de ficar sem o celular.
A publicitária Taís Reis, de 27 anos, não esconde o apego pelo aparelho. No último carnaval, durante o desfile da Orquestra Voadora, no Aterro do Flamengo, a moça abriu a bolsa e viu que seu smartphone havia sido furtado. Ela chorou por 30 minutos e passou uma hora procurando o telefone no chão. Ficou tão desolada que seus amigos decidiram fazer uma vaquinha para comprar outro.
— Meus amigos vivem reclamando que, quando saio com eles, não desgrudo do telefone. Eles até brincam dizendo que eu sempre entro "no modo celular". Mas fiquei tão triste quando perdi o smartphone que eles resolveram alimentar meu vício — contou.
Entre os jovens de até 25 anos, 77% têm nomofobia
Segundo a pesquisa da Inglaterra, que ouviu mil pessoas, 77% dos jovens de até 25 anos têm nomofobia. Mas o "vício" no aparelhinho não é um comportamento exclusivo dos nerds. Hoje, qualquer dono de smartphone passa o dia todo checando e-mails, mensagens, suas redes sociais e as notícias do mundo.
É um hábito tão corriqueiro que já existe uma brincadeira, criada nos EUA e disseminada pelo Facebook, para desafiar as pessoas que não conseguem se desplugar. É o phone stacking: numa mesa de bar, todos empilham seus celulares no centro e continuam papeando. O primeiro que não resistir e checar seu aparelho paga a conta.
Basta um giro pelo Baixo Leblon à noite para se perceber que, nos estabelecimentos, pouca gente passa mais de cinco minutos sem dar atenção ao seu "amigo de bolso". Na última quarta-feira, no bar Itahy, as amigas Dayanne Azevedo, de 26 anos, e Sheila Eustáquio, de 27, não afastavam olhos e dedos de seus telefones. Quem não estava trocando mensagens ou tirando fotos, estava postando as imagens em redes sociais.
— É assim o tempo todo: em casa, no trabalho ou no supermercado — delatou logo o amigo Murilo Tavares.
Dayanne, porém, não se irrita com a fama de "viciada".
— Não consigo largar. Meu celular avisa toda vez que recebo um e-mail ou recado no Facebook. E eu sempre quero ver qual é a novidade — reconheceu a advogada.
A amiga Sheila nunca brincou de phone stacking, mas nem pretende se arriscar:
— Eu teria que pagar a conta sempre. Prefiro isso a ficar horas desconectada!
O "sofrimento" de não usar o celular durante a aula
Entre um gole e outro de chope no bar Jobi, numa mesa com os amigos, o advogado Marco Aurélio Asseff também ficava ligado no telefone.
— Estava desmarcando a aula de amanhã com o personal trainer — contou ele, que não se separa do aparelho. — O smartphone facilita muito quando precisamos resolver assuntos de trabalho. Mas até meu filho de 6 anos usa, para brincar com jogos. Utilizo muito e, se esqueço em casa, sinto como se estivesse sem uma parte do corpo. Hoje, todo mundo é viciado.
A estudante de direito Hanna Giglio, de 18 anos, sente na pele, duas vezes por semana, essa ansiedade tão típica de uma era dominada pelas tecnologias de telecomunicação. Na sala de aula onde a universitária faz seu curso de espanhol, o telefone fica sem sinal, e a internet 3G também não funciona. Ela não tem outra saída a não ser passar uma hora e 40 minutos desconectada.
— O mais difícil para mim é não poder fazer pesquisas rápidas quando sinto vontade ou preciso. Na faculdade, se o professor fala sobre um livro, já pego o celular para saber quem é o autor ou qual o preço. Sou a pesquisadora oficial da turma. Mas, no espanhol, sofro por não poder conferir o significado de uma palavra desconhecida, por exemplo — comenta Hanna.
http://oglobo.globo.com/rio/jovens-falam-sobre-medo-de-ficar-sem-celular-4280445
RIO - A cena é comum em mesas de bar, no ônibus e até dentro das salas de aula: as pessoas não conseguem ficar três minutos sem olhar para seus telefones celulares. Trata-se de uma realidade carioca que reforça uma estatística mundial. De acordo com uma pesquisa divulgada mês passado pela empresa britânica SecurEnvoy, especializada em serviços de segurança móvel, 66% da população do planeta já "sofre" de uma tal nomofobia. Vem a ser o medo, quase pânico, que uma pessoa tem de ficar sem o celular.
A publicitária Taís Reis, de 27 anos, não esconde o apego pelo aparelho. No último carnaval, durante o desfile da Orquestra Voadora, no Aterro do Flamengo, a moça abriu a bolsa e viu que seu smartphone havia sido furtado. Ela chorou por 30 minutos e passou uma hora procurando o telefone no chão. Ficou tão desolada que seus amigos decidiram fazer uma vaquinha para comprar outro.
— Meus amigos vivem reclamando que, quando saio com eles, não desgrudo do telefone. Eles até brincam dizendo que eu sempre entro "no modo celular". Mas fiquei tão triste quando perdi o smartphone que eles resolveram alimentar meu vício — contou.
Entre os jovens de até 25 anos, 77% têm nomofobia
Segundo a pesquisa da Inglaterra, que ouviu mil pessoas, 77% dos jovens de até 25 anos têm nomofobia. Mas o "vício" no aparelhinho não é um comportamento exclusivo dos nerds. Hoje, qualquer dono de smartphone passa o dia todo checando e-mails, mensagens, suas redes sociais e as notícias do mundo.
É um hábito tão corriqueiro que já existe uma brincadeira, criada nos EUA e disseminada pelo Facebook, para desafiar as pessoas que não conseguem se desplugar. É o phone stacking: numa mesa de bar, todos empilham seus celulares no centro e continuam papeando. O primeiro que não resistir e checar seu aparelho paga a conta.
Basta um giro pelo Baixo Leblon à noite para se perceber que, nos estabelecimentos, pouca gente passa mais de cinco minutos sem dar atenção ao seu "amigo de bolso". Na última quarta-feira, no bar Itahy, as amigas Dayanne Azevedo, de 26 anos, e Sheila Eustáquio, de 27, não afastavam olhos e dedos de seus telefones. Quem não estava trocando mensagens ou tirando fotos, estava postando as imagens em redes sociais.
— É assim o tempo todo: em casa, no trabalho ou no supermercado — delatou logo o amigo Murilo Tavares.
Dayanne, porém, não se irrita com a fama de "viciada".
— Não consigo largar. Meu celular avisa toda vez que recebo um e-mail ou recado no Facebook. E eu sempre quero ver qual é a novidade — reconheceu a advogada.
A amiga Sheila nunca brincou de phone stacking, mas nem pretende se arriscar:
— Eu teria que pagar a conta sempre. Prefiro isso a ficar horas desconectada!
O "sofrimento" de não usar o celular durante a aula
Entre um gole e outro de chope no bar Jobi, numa mesa com os amigos, o advogado Marco Aurélio Asseff também ficava ligado no telefone.
— Estava desmarcando a aula de amanhã com o personal trainer — contou ele, que não se separa do aparelho. — O smartphone facilita muito quando precisamos resolver assuntos de trabalho. Mas até meu filho de 6 anos usa, para brincar com jogos. Utilizo muito e, se esqueço em casa, sinto como se estivesse sem uma parte do corpo. Hoje, todo mundo é viciado.
A estudante de direito Hanna Giglio, de 18 anos, sente na pele, duas vezes por semana, essa ansiedade tão típica de uma era dominada pelas tecnologias de telecomunicação. Na sala de aula onde a universitária faz seu curso de espanhol, o telefone fica sem sinal, e a internet 3G também não funciona. Ela não tem outra saída a não ser passar uma hora e 40 minutos desconectada.
— O mais difícil para mim é não poder fazer pesquisas rápidas quando sinto vontade ou preciso. Na faculdade, se o professor fala sobre um livro, já pego o celular para saber quem é o autor ou qual o preço. Sou a pesquisadora oficial da turma. Mas, no espanhol, sofro por não poder conferir o significado de uma palavra desconhecida, por exemplo — comenta Hanna.
http://oglobo.globo.com/rio/jovens-falam-sobre-medo-de-ficar-sem-celular-4280445
segunda-feira, 12 de março de 2012
sábado, 10 de março de 2012
Sobre Simplicidade e Sabedoria - Rubem Alves
Olá!
Ando pensando muito nesta questão do "menos que é mais", do minimalismo dos pequenos gestos, na importância das singelas (mas importantes) emoções, na elegância que a simplicidade tem em contraponto a qq exagero e rebuscamento desnecessário...
Não só estou pensando nisso, mas tentando incorporar isso através de pequenas atitudes no meu dia a dia...no que se refere a palavras, roupas, sentimentos, comportamentos...
Por isso, veio de encontro o texto que reproduzo abaixo, de um pensador que interessa muito, o Rubem Alves! Sim, ele já apareceu algumas vezes aqui neste blog, mas é porque ele realmente fala coisas que me chamam muito a atenção.
Espero que gostem e se ficarem interessados, entrem no site dele http://www.rubemalves.com.br/
Bjs,
Jú
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Sobre Simplicidade e Sabedoria
Pediram-me que escrevesse sobre simplicidade e sabedoria. Aceitei alegremente o convite sabendo que, para que tal pedido me tivesse sido feito, era necessário que eu fosse velho.
Os jovens e os adultos pouco sabem sobre o sentido da simplicidade. Os jovens são aves que voam pela manhã: seus vôos são flechas em todas as direções. Seus olhos estão fascinados por 10.000 coisas. Querem todas, mas nenhuma lhes dá descanso. Estão sempre prontos a de novo voar. Seu mundo é o mundo da multiplicidade. Eles a amam porque, nas suas cabeças, a multiplicidade é um espaço de liberdade. Com os adultos acontece o contrário. Para eles a multiplicidade é um feitiço que os aprisionou, uma arapuca na qual caíram. Eles a odeiam, mas não sabem como se libertar. Se, para os jovens, a multiplicidade tem o nome de liberdade, para os adultos a multiplicidade tem o nome de dever. Os adultos são pássaros presos nas gaiolas do dever. A cada manhã 10.000 coisas os aguardam com as suas ordens (para isso existem as agendas, lugar onde as 10.000 coisas escrevem as suas ordens!). Se não forem obedecidas haverá punições.
No crepúsculo, quando a noite se aproxima, o vôo dos pássaros fica diferente. Em nada se parece com o seu vôo pela manhã. Já observaram o vôo das pombas ao fim do dia? Elas voam numa única direção. Voltam para casa, ninho. As aves, ao crepúsculo, são simples. Simplicidade é isso: quando o coração busca uma coisa só.
Jesus contava parábolas sobre a simplicidade. Falou sobre um homem que possuía muitas jóias, sem que nenhuma delas o fizesse feliz. Um dia, entretanto, descobriu uma jóia, única, maravilhosa, pela qual se apaixonou. Fez então a troca que lhe trouxe alegria: vendeu as muitas e comprou a única.
Na multiplicidade nos perdemos: ignoramos o nosso desejo. Movemo-nos fascinados pela sedução das 10.000 coisas. Acontece que, como diz o segundo poema do Tao-Te-Ching, “as 10.000 coisas aparecem e desaparecem sem cessar.“ O caminho da multiplicidade é um caminho sem descanso. Cada ponto de chegada é um ponto de partida. Cada reencontro é uma despedida. É um caminho onde não existe casa ou ninho. A última das tentações com que o Diabo tentou o Filho de Deus foi a tentação da multiplicidade: “Levou-o ainda o Diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a sua glória e lhe disse: ‘Tudo isso te darei se prostrado me adorares.’“ Mas o que a multiplicidade faz é estilhaçar o coração. O coração que persegue o “muitos“ é um coração fragmentado, sem descanso. Palavras de Jesus: “De que vale ganhar o mundo inteiro e arruinar a vida?“ (Mateus 16.26).
O caminho da ciência e dos saberes é o caminho da multiplicidade. Adverte o escritor sagrado: “Não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne“ (Eclesiastes 12.12). Não há fim para as coisas que podem ser conhecidas e sabidas. O mundo dos saberes é um mundo de somas sem fim. É um caminho sem descanso para a alma. Não há saber diante do qual o coração possa dizer: “Cheguei, finalmente, ao lar“. Saberes não são lar. São, na melhor das hipóteses, tijolos para se construir uma casa. Mas os tijolos, eles mesmos, nada sabem sobre a casa. Os tijolos pertencem à multiplicidade. A casa pertence à simplicidade: uma única coisa.
Diz o Tao-Te-Ching: “Na busca do conhecimento a cada dia se soma uma coisa. Na busca da sabedoria a cada dia se diminui uma coisa.“
Diz T. S. Eliot: “Onde está a sabedoria que perdemos no conhecimento?“
Diz Manoel de Barros: “Quem acumula muita informação perde o condão de adivinhar. Sábio é o que adivinha.“
Sabedoria é a arte de degustar. Sobre a sabedoria Nietzsche diz o seguinte: “A palavra grega que designa o sábio se prende, etimologicamente, a sapio, eu saboreio, sapiens, o degustador, sisyphus, o homem do gosto mais apurado. “A sabedoria é, assim, a arte de degustar, distinguir, discernir. O homem do saberes, diante da multiplicidade, “precipita-se sobre tudo o que é possível saber, na cega avidez de querer conhecer a qualquer preço.“ Mas o sábio está à procura das “coisas dignas de serem conhecidas“. Imagine um bufê: sobre a mesa enorme da multiplicidade, uma infinidade de pratos. O homem dos saberes, fascinado pelos pratos, se atira sobre eles: quer comer tudo. O sábio, ao contrário, para e pergunta ao seu corpo: “De toda essa multiplicidade, qual é o prato que vai lhe dar prazer e alegria?“ E assim, depois de meditar, escolhe um...
A sabedoria é a arte de reconhecer e degustar a alegria. Nascemos para a alegria. Não só nós. Diz Bachelard que o universo inteiro tem um destino de felicidade.
O Vinícius escreveu um lindo poema com o título de “Resta...“ Já velho, tendo andado pelo mundo da multiplicidade, ele olha para trás e vê o que restou: o que valeu a pena. “Resta esse coração queimando como um círio numa catedral em ruínas...“ “Resta essa capacidade de ternura...“ “Resta esse antigo respeito pela noite...“ “Resta essa vontade de chorar diante da beleza...“. Vinícius vai, assim, contando as vivências que lhe deram alegria. Foram elas que restaram.
As coisas que restam sobrevivem num lugar da alma que se chama saudade. A saudade é o bolso onde a alma guarda aquilo que ela provou e aprovou. Aprovadas foram as experiências que deram alegria. O que valeu a pena está destinado à eternidade. A saudade é o rosto da eternidade refletido no rio do tempo. É para isso que necessitamos dos deuses, para que o rio do tempo seja circular: “Lança o teu pão sobre as águas porque depois de muitos dias o encontrarás...“ Oramos para que aquilo que se perdeu no passado nos seja devolvido no futuro. Acho que Deus não se incomodaria se nós o chamássemos de Eterno Retorno: pois é só isso que pedimos dele, que as coisas da saudade retornem.
Ando pelas cavernas da minha memória. Há muitas coisas maravilhosas: cenários, lugares, alguns paradisíacos, outros estranhos e curiosos, viagens, eventos que marcaram o tempo da minha vida, encontros com pessoas notáveis. Mas essas memórias, a despeito do seu tamanho, não me fazem nada. Não sinto vontade de chorar. Não sinto vontade de voltar.
Aí eu consulto o meu bolso da saudade. Lá se encontram pedaços do meu corpo, alegrias. Observo atentamente, e nada encontro que tenha brilho no mundo da multiplicidade. São coisas pequenas, que nem foram notadas por outras pessoas: cenas, quadros: um filho menino empinando uma pipa na praia; noite de insônia e medo num quarto escuro, e do meio da escuridão a voz de um filho que diz: “Papai, eu gosto muito de você!“; filha brincando com uma cachorrinha que já morreu (chorei muito por causa dela, a Flora); menino andando à cavalo, antes do nascer do sol, em meio ao campo perfumado de capim gordura; um velho, fumando cachimbo, contemplando a chuva que cai sobre as plantas e dizendo: “Veja como estão agradecidas!“ Amigos. Memórias de poemas, de estórias, de músicas.
Diz Guimarães Rosa que “felicidade só em raros momentos de distração...“ Certo. Ela vem quando não se espera, em lugares que não se imagina. Dito por Jesus: “É como o vento: sopra onde quer, não sabes donde vem nem para onde vai...“ Sabedoria é a arte de provar e degustar a alegria, quando ela vem. Mas só dominam essa arte aqueles que têm a graça da simplicidade. Porque a alegria só mora nas coisas simples. (Concerto para corpo e alma, pg. 09.)
Ando pensando muito nesta questão do "menos que é mais", do minimalismo dos pequenos gestos, na importância das singelas (mas importantes) emoções, na elegância que a simplicidade tem em contraponto a qq exagero e rebuscamento desnecessário...
Não só estou pensando nisso, mas tentando incorporar isso através de pequenas atitudes no meu dia a dia...no que se refere a palavras, roupas, sentimentos, comportamentos...
Por isso, veio de encontro o texto que reproduzo abaixo, de um pensador que interessa muito, o Rubem Alves! Sim, ele já apareceu algumas vezes aqui neste blog, mas é porque ele realmente fala coisas que me chamam muito a atenção.
Espero que gostem e se ficarem interessados, entrem no site dele http://www.rubemalves.com.br/
Bjs,
Jú
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Sobre Simplicidade e Sabedoria
Pediram-me que escrevesse sobre simplicidade e sabedoria. Aceitei alegremente o convite sabendo que, para que tal pedido me tivesse sido feito, era necessário que eu fosse velho.
Os jovens e os adultos pouco sabem sobre o sentido da simplicidade. Os jovens são aves que voam pela manhã: seus vôos são flechas em todas as direções. Seus olhos estão fascinados por 10.000 coisas. Querem todas, mas nenhuma lhes dá descanso. Estão sempre prontos a de novo voar. Seu mundo é o mundo da multiplicidade. Eles a amam porque, nas suas cabeças, a multiplicidade é um espaço de liberdade. Com os adultos acontece o contrário. Para eles a multiplicidade é um feitiço que os aprisionou, uma arapuca na qual caíram. Eles a odeiam, mas não sabem como se libertar. Se, para os jovens, a multiplicidade tem o nome de liberdade, para os adultos a multiplicidade tem o nome de dever. Os adultos são pássaros presos nas gaiolas do dever. A cada manhã 10.000 coisas os aguardam com as suas ordens (para isso existem as agendas, lugar onde as 10.000 coisas escrevem as suas ordens!). Se não forem obedecidas haverá punições.
No crepúsculo, quando a noite se aproxima, o vôo dos pássaros fica diferente. Em nada se parece com o seu vôo pela manhã. Já observaram o vôo das pombas ao fim do dia? Elas voam numa única direção. Voltam para casa, ninho. As aves, ao crepúsculo, são simples. Simplicidade é isso: quando o coração busca uma coisa só.
Jesus contava parábolas sobre a simplicidade. Falou sobre um homem que possuía muitas jóias, sem que nenhuma delas o fizesse feliz. Um dia, entretanto, descobriu uma jóia, única, maravilhosa, pela qual se apaixonou. Fez então a troca que lhe trouxe alegria: vendeu as muitas e comprou a única.
Na multiplicidade nos perdemos: ignoramos o nosso desejo. Movemo-nos fascinados pela sedução das 10.000 coisas. Acontece que, como diz o segundo poema do Tao-Te-Ching, “as 10.000 coisas aparecem e desaparecem sem cessar.“ O caminho da multiplicidade é um caminho sem descanso. Cada ponto de chegada é um ponto de partida. Cada reencontro é uma despedida. É um caminho onde não existe casa ou ninho. A última das tentações com que o Diabo tentou o Filho de Deus foi a tentação da multiplicidade: “Levou-o ainda o Diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a sua glória e lhe disse: ‘Tudo isso te darei se prostrado me adorares.’“ Mas o que a multiplicidade faz é estilhaçar o coração. O coração que persegue o “muitos“ é um coração fragmentado, sem descanso. Palavras de Jesus: “De que vale ganhar o mundo inteiro e arruinar a vida?“ (Mateus 16.26).
O caminho da ciência e dos saberes é o caminho da multiplicidade. Adverte o escritor sagrado: “Não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne“ (Eclesiastes 12.12). Não há fim para as coisas que podem ser conhecidas e sabidas. O mundo dos saberes é um mundo de somas sem fim. É um caminho sem descanso para a alma. Não há saber diante do qual o coração possa dizer: “Cheguei, finalmente, ao lar“. Saberes não são lar. São, na melhor das hipóteses, tijolos para se construir uma casa. Mas os tijolos, eles mesmos, nada sabem sobre a casa. Os tijolos pertencem à multiplicidade. A casa pertence à simplicidade: uma única coisa.
Diz o Tao-Te-Ching: “Na busca do conhecimento a cada dia se soma uma coisa. Na busca da sabedoria a cada dia se diminui uma coisa.“
Diz T. S. Eliot: “Onde está a sabedoria que perdemos no conhecimento?“
Diz Manoel de Barros: “Quem acumula muita informação perde o condão de adivinhar. Sábio é o que adivinha.“
Sabedoria é a arte de degustar. Sobre a sabedoria Nietzsche diz o seguinte: “A palavra grega que designa o sábio se prende, etimologicamente, a sapio, eu saboreio, sapiens, o degustador, sisyphus, o homem do gosto mais apurado. “A sabedoria é, assim, a arte de degustar, distinguir, discernir. O homem do saberes, diante da multiplicidade, “precipita-se sobre tudo o que é possível saber, na cega avidez de querer conhecer a qualquer preço.“ Mas o sábio está à procura das “coisas dignas de serem conhecidas“. Imagine um bufê: sobre a mesa enorme da multiplicidade, uma infinidade de pratos. O homem dos saberes, fascinado pelos pratos, se atira sobre eles: quer comer tudo. O sábio, ao contrário, para e pergunta ao seu corpo: “De toda essa multiplicidade, qual é o prato que vai lhe dar prazer e alegria?“ E assim, depois de meditar, escolhe um...
A sabedoria é a arte de reconhecer e degustar a alegria. Nascemos para a alegria. Não só nós. Diz Bachelard que o universo inteiro tem um destino de felicidade.
O Vinícius escreveu um lindo poema com o título de “Resta...“ Já velho, tendo andado pelo mundo da multiplicidade, ele olha para trás e vê o que restou: o que valeu a pena. “Resta esse coração queimando como um círio numa catedral em ruínas...“ “Resta essa capacidade de ternura...“ “Resta esse antigo respeito pela noite...“ “Resta essa vontade de chorar diante da beleza...“. Vinícius vai, assim, contando as vivências que lhe deram alegria. Foram elas que restaram.
As coisas que restam sobrevivem num lugar da alma que se chama saudade. A saudade é o bolso onde a alma guarda aquilo que ela provou e aprovou. Aprovadas foram as experiências que deram alegria. O que valeu a pena está destinado à eternidade. A saudade é o rosto da eternidade refletido no rio do tempo. É para isso que necessitamos dos deuses, para que o rio do tempo seja circular: “Lança o teu pão sobre as águas porque depois de muitos dias o encontrarás...“ Oramos para que aquilo que se perdeu no passado nos seja devolvido no futuro. Acho que Deus não se incomodaria se nós o chamássemos de Eterno Retorno: pois é só isso que pedimos dele, que as coisas da saudade retornem.
Ando pelas cavernas da minha memória. Há muitas coisas maravilhosas: cenários, lugares, alguns paradisíacos, outros estranhos e curiosos, viagens, eventos que marcaram o tempo da minha vida, encontros com pessoas notáveis. Mas essas memórias, a despeito do seu tamanho, não me fazem nada. Não sinto vontade de chorar. Não sinto vontade de voltar.
Aí eu consulto o meu bolso da saudade. Lá se encontram pedaços do meu corpo, alegrias. Observo atentamente, e nada encontro que tenha brilho no mundo da multiplicidade. São coisas pequenas, que nem foram notadas por outras pessoas: cenas, quadros: um filho menino empinando uma pipa na praia; noite de insônia e medo num quarto escuro, e do meio da escuridão a voz de um filho que diz: “Papai, eu gosto muito de você!“; filha brincando com uma cachorrinha que já morreu (chorei muito por causa dela, a Flora); menino andando à cavalo, antes do nascer do sol, em meio ao campo perfumado de capim gordura; um velho, fumando cachimbo, contemplando a chuva que cai sobre as plantas e dizendo: “Veja como estão agradecidas!“ Amigos. Memórias de poemas, de estórias, de músicas.
Diz Guimarães Rosa que “felicidade só em raros momentos de distração...“ Certo. Ela vem quando não se espera, em lugares que não se imagina. Dito por Jesus: “É como o vento: sopra onde quer, não sabes donde vem nem para onde vai...“ Sabedoria é a arte de provar e degustar a alegria, quando ela vem. Mas só dominam essa arte aqueles que têm a graça da simplicidade. Porque a alegria só mora nas coisas simples. (Concerto para corpo e alma, pg. 09.)
Obrigada
Olá!
Este post é só para agradecer a todos vocês que visitam este humilde blog. Aos anônimos e também àqueles que vêm comentar que curtiram algum post específico seja pessoalmente, seja aqui pelo blog mesmo...
Eu nunca imaginei que tantas pessoas leriam o q escrevo às vezes tão despretensiosamente, mas sempre com mto carinho.
Este blog é um pedacinho de mim e apesar de não me expor tanto quanto maioria dos blogueiros, vocês podem ter certeza que já me conhecem, pelo menos um pouquinho, através desta forma de me comunicar.
Sintam-se à vontade para criticar, sugerir ou fazer quaisquer comentários, estou realmente, aberta a isso!!
E, obrigada + 1 vez!
Bjs,
Jú
Este post é só para agradecer a todos vocês que visitam este humilde blog. Aos anônimos e também àqueles que vêm comentar que curtiram algum post específico seja pessoalmente, seja aqui pelo blog mesmo...
Eu nunca imaginei que tantas pessoas leriam o q escrevo às vezes tão despretensiosamente, mas sempre com mto carinho.
Este blog é um pedacinho de mim e apesar de não me expor tanto quanto maioria dos blogueiros, vocês podem ter certeza que já me conhecem, pelo menos um pouquinho, através desta forma de me comunicar.
Sintam-se à vontade para criticar, sugerir ou fazer quaisquer comentários, estou realmente, aberta a isso!!
E, obrigada + 1 vez!
Bjs,
Jú
sexta-feira, 9 de março de 2012
Destaques da Viagem
Pessoal,
Q viajar é incrível todo mundo sabe, mas mais do que tirar fotos, sair da rotina, comprar souvenirs ou não se preocupar com e-mail e celular, viajar nos possibilita conhecer novas culturas, aprender novos hábitos e costumes, interagir com pessoas q você nunca viu e nunca mais vai voltar a ver (taxistas, garçons, vendedores, turistas), respeitar e reconhecer a diferença e a beleza em pequenas coisas e, principalmente (no meu caso), valorizar tudo que tenho, tudo que conquistei, para voltar mais motivada e inspirada e com novos sonhos e desejos.
Esta viagem, me deixou tão, mas tão feliz que até me emociona falar sobre isso!
Mas parando com as elucubrações, este post é falar dos highlights (ui, q chique) desta viagem! Eu poderia dizer q todos os momentos foram incríveis, mas é claro que alguns se destacam perante os outros...isso é básico!!
Do Rio eu já falei no post anterior, o destaque foi o Jardim Botânico...
De Buenos Aires o destaque foi a Bombonera, o estádio do Boca Juniors..aí vocês perguntam como é que um estádio pode ser assim tão incrível e a minha reposta é: "Só vendo para acreditar"! Não é só a questão do estádio em si, é a energia q ele passa, a riqueza do museu, a organização do local, foi um passeio incrível! E ver o Theo empolgadão tb não teve preço!!!!!
De Montevideu o destaque fica para a Rambla, q é a "orla da praia" dos uruguaios! Como foi gostoso andar por lá, q paz, q tranquilidade...poderia ficar o dia todo caminhando e tirando fotos...hehehe
De Portobelo eu não tenho tanto para falar pq passamos o dia inteiro em Bombinhas q é uma praia delícia a 10 minutos de Portobelo e super valeu a pena (tirando a água viva, né Theo?). N dava vontade de sair do mar...uma delícia!
P.S.: ah, se vocês forem para Montevideu, não deixem de ir ao Mercado del Puerto, um local incrível para comer bem (e barato).
Bjs,
Jú
quinta-feira, 8 de março de 2012
Cindy Lauper - Girls Just Want to Have Fun
Olá!
Não farei um discurso sobre o dia internacional das mulheres.
É fato q nós mulheres, de uma maneira geral, conquistamos muito - historicamente falando - mas, infelizmente, em muitos países isso não se concretizou de fato. De tudo que está errado (e não é pouco), o que mais me incomoda é a violência contra mulheres, a idéia de que a mulher precisa ser "controlada" e submetida por meio de abuso psicológico e físico...isso é muito triste e inadmissível...
Mas, como eu falei, ñ quero fazer um discurso feminista, é só uma reflexão mesmo...
Segue uma música, com conotação bem mais leve do que escrevi acima!
Bjss e abraços para todas as mulheres que visitam este blog e para todos os homens que tratam bem de vocês, com respeito e carinho!!
Jú
Não farei um discurso sobre o dia internacional das mulheres.
É fato q nós mulheres, de uma maneira geral, conquistamos muito - historicamente falando - mas, infelizmente, em muitos países isso não se concretizou de fato. De tudo que está errado (e não é pouco), o que mais me incomoda é a violência contra mulheres, a idéia de que a mulher precisa ser "controlada" e submetida por meio de abuso psicológico e físico...isso é muito triste e inadmissível...
Mas, como eu falei, ñ quero fazer um discurso feminista, é só uma reflexão mesmo...
Segue uma música, com conotação bem mais leve do que escrevi acima!
Bjss e abraços para todas as mulheres que visitam este blog e para todos os homens que tratam bem de vocês, com respeito e carinho!!
Jú
Canções Costa Victoria
Olá!!
No cruzeiro fomos maciçamente entupidos por músicas como "Kuduro" e "Ai se eu te pego". É engraçado, mas não é meu estilo, definitivamente!!!
No entanto, como era um cruzeiro repleto de "hermanos", também ouvimos mta música latina, principalmente salsa e aí vem a surpresa boa, a vontade de escutar novamente as músicas, achei quase todas que eu curti, só falta 1 q eu não encontro de jeito nenhum, mas td bem, faz parte!
Segue abaixo algumas das "canciones" que tocaram ao longo do cruzeiro...espero q gostem!!!
Bjs,
Jú
No cruzeiro fomos maciçamente entupidos por músicas como "Kuduro" e "Ai se eu te pego". É engraçado, mas não é meu estilo, definitivamente!!!
No entanto, como era um cruzeiro repleto de "hermanos", também ouvimos mta música latina, principalmente salsa e aí vem a surpresa boa, a vontade de escutar novamente as músicas, achei quase todas que eu curti, só falta 1 q eu não encontro de jeito nenhum, mas td bem, faz parte!
Segue abaixo algumas das "canciones" que tocaram ao longo do cruzeiro...espero q gostem!!!
Bjs,
Jú
quarta-feira, 7 de março de 2012
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Oiii pessoal..
Depois de uma semana simplesmente M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A, cá estou eu, de volta, cheia inspirações, de entusiasmo, de alegria...
Neste post queria mostrar algumas imagens que tirei da minha breve passagem pela cidade do Rio de Janeiro que comemorou 447 anos no último dia 01/03. Eu estive lá um dia antes (29/02), mas posso garantir que quem ganhou o maior presente foi eu, porque fez um dia lindíssimo e muiiiiiito ensolarado.
Destaque mais do que especial para o Jardim Botânico, q lugar lindo! Theo, para variar, você tinha razão! :)
Espero que vocês gostem das fotos!
Depois de uma semana simplesmente M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A, cá estou eu, de volta, cheia inspirações, de entusiasmo, de alegria...
Neste post queria mostrar algumas imagens que tirei da minha breve passagem pela cidade do Rio de Janeiro que comemorou 447 anos no último dia 01/03. Eu estive lá um dia antes (29/02), mas posso garantir que quem ganhou o maior presente foi eu, porque fez um dia lindíssimo e muiiiiiito ensolarado.
Destaque mais do que especial para o Jardim Botânico, q lugar lindo! Theo, para variar, você tinha razão! :)
Espero que vocês gostem das fotos!
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