segunda-feira, 31 de maio de 2010

Sex and the City II

Olá...

Neste último final de semana assisti Sex and the City 2. É difícil falar desse 2º filme sem pensar no passado e, principalmente, nas seis temporadas da série (né, Fê??).

Tenho que ser sincera, ao ficar sabendo que iriam lançar o 1º filme eu fiquei meio relutante, não queria que a mágica que havia na TV sumisse ao ser transposta para o cinema, sabe? Mas mesmo assim eu fui ao cinema assistir ao primeiro filme e me diverti e me emocionei e deixei de lado o fato de que não era, necessariamente, uma coisa indispensável essa continuação.

A mesma coisa aconteceu quando eu soube q iriam lançar o 2º filme...eu fiquei pensando: "Para quê?", mas a vontade de assistir o filme foi maior.

É CLARO que essa continuação não tem o mesmo apelo emocional que o 1º filme e é claro que deixa a desejar em muitos pontos (principalmente com relação ao roteiro) mas eu deixei isso de lado pq é mto gostoso se deixar levar pelas histórias dessas 4 amigas que dividem suas novidades, dúvidas e medos....q encontram tempo para se divertirem juntas, para chorarem juntas, etc....

Sex and the City faz todas as "meninas" pensarem em suas próprias experiências, conflitos, descobertas e em suas amizades...o que, pra mim, é o ponto forte do filme....a parte das marcas, da moda, das bizarrices, das piadinhas sem graça, a gente releva.....

No final, sai do filme mais leve, apesar de um pouco saudosista: quanta coisa já me aconteceu desde que comecei a assistir Sex and the city, há uns 10 anos atrás??? Mas, q bom q ainda pude dar risada com as histórias de Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), Charlotte York (Kristin Davis que, por sinal, está liiiiiiiinda no filme), Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) e Samantha Jones (Kim Catrall, com certeza uma das mais engraçadas).

É isso pessoal...para quem assistia a série, e assistiu ao 1º filme, esse filme com certeza é imperdível!!!!!!!!

Bjss

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Grey`s Anatomy - Final de Temporada

Oiiiiiiiiii

Semana passada eu comentei a respeito do final de temporada de algumas séries...aproveitando, eu fui uma das que gostou do final de Lost...é claro q ñ foi um final mto original, mas eu fiquei satisfeita....

Mas não é de Lost q eu quero falar, quero falar de Grey`s Anatomy que estava super morna até os últimos 4 capítulos da sexta temporada. Pra ser bem sincera, eu chorei em TODOS os capítulos. Isso é uma coisa fácil de acontecer, mas eu tb quase roí todas as minhas unhas assistindo GA, principalmente o capítulo 23 e 24.

Acho q foi a season finale mais emocionante e tensa q eu já assisti até hoje, empatando com a última temporada de Dexter que também não é para quem tenha coração fraco....
Todos os atores estavam sensacionais...destacando a Ellen Pompeo (Meredith Grey), a Sandra Oh (Cristina Yang), o James Pickens Jr (Richard Webber) e a minha atriz favorita de todas Chandra Wilson (Miranda Bailey).

Apesar de ser em muitas momentos super água com açúcar, essa série (créditos para a roteirista Shonda Rhimes) tem uma capacidade incrível de colocar na tela tanto dramas plausíveis e emotivos e outros super bizarros e engraçados. É esse mix, que faz com que a série continue dando certo...pelo menos pra mim.

Da minha parte, mal posso esperar pela sétima temporada.

Bjs

domingo, 23 de maio de 2010

Legião Urbana - Quase sem querer

Gente...

Adoro essa música e achei esse vídeo d-i-v-e-r-t-i-d-í-s-s-i-m-o! TOTAL anos 80!

Divirtam-se!!

Bjsss


Final de temporada de várias séries....

Oiiiiiii

Não é só LOST que está chegando ao seu final...é claro q, no caso de LOST, isso é algo definitivo, mas por alguns meses também ficarei saudosa de assistir séries como House, Greys Anatomy, Fringe e The Mentalist.

Principalmente após a excelente temporada de todas elas.....já acabei de assistir a "season finale" das 2 últimas e agora parto para a das 2 primeiras....

O q conforta é ter séries que eu gosto mto em vias de reiniciarem suas temporadas, como True Blood, The Closer e Dexter....

Paciência, nesse caso, é uma virtude!! :)))

Enquanto isso, eu e meio mundo, ficamos na expectativa para o encerramento de Lost, com seu capítulo final que será exibido HOJE nos Estados Unidos. Espero q a série acabe sem deixar mtas perguntas sem resposta....acho isso dificil, mas não custa sonhar, certo???

Bjss,

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Green Day

Há muiiiiiiiiiiiiiiiiiiito tempo atrás, Green Day era uma das bandas q eu mais gostava, agora eu nem os ouço mto e, provavelmente, eu não irei no show deles aqui no Brasil, no final do ano. Mas q dá uma nostalgia ouvi-los, isso dá! E eles têm verdadeiros clássicos: Time of your life, Minority, Basket Case, Holiday, etc....

Segue abaixo, duas músicas q eu A-D-O-R-O para vocês colocarem o volume lá no alto!!!!!!!!!

Enjoy it!!!!




O futebol nos campos da gestão

Em clima de Copa, o meio-de-campo entre futebol e gestão de pessoas


por Gumae Carvalho

Em clima de Copa, as analogias entre o mundo do trabalho e o dos gramados vêm à tona. Exemplos tirados das quatro linhas, como a criatividade da seleção da Holanda no campeonato mundial de 74, o chamado Carrossel Holandês, até o espírito de equipe que une os 11 jogadores em torno de um mesmo objetivo pululam palestras, livros, conversas.Nesta edição, escalamos o santista fanático Marcelo Santos, vice-presidente de RH do BankBoston, e os palmeirenses Almiro Reis Neto e Wagner Brunini, respectivamente presidente da Franquality Consultoria e diretor de RH da Basf para a América do Sul, para fazerem o meio de campo entre futebol e gestão de pessoas. E, como em uma boa equipe sempre há uma surpresa, mostramos como um aspecto do mundo do trabalho garantiu uma marca forte no meio futebolístico a um personagem quase folclórico: Dadá Maravilha.

CRIATIVIDADE

O que caracteriza um time campeão? Certamente, habilidades técnicas, disciplina, espírito de grupo, liderança competente. Arrisco-me, porém, a dizer que uma equipe assim será, no máximo, competente. O pulo do gato pode estar em algo até mais simples: a criatividade. O case da Holanda na Copa de 74, na Alemanha, é um bom exemplo. Fora das Copas desde 38, a Laranja Mecânica ressurgiu no maior evento de futebol - que, pela primeira vez, foi transmitido em cores - com uma forte equipe que surpreendeu o mundo pelo dinamismo, poder de improvisação e criatividade. Adotando a estratégia inovadora de um time sem posições fixas (que nos remete ao profissional de hoje, que precisa ser flexível e multifuncional) e que atacava "em bloco" para roubar a bola do adversário (empresa sem conjunto não ultrapassa a concorrência, a gente sabe), a Holanda foi a sensação, chegou à final com os anfitriões e gravou nas mentes de todos os torcedores o termo "Carrossel Holandês". Tudo isso porque tinha no comando alguém que resolveu quebrar regras e soube conduzir sua equipe: Rinus Michels, escolhido pela Fifa em 1999 como o Técnico do Século. Ok, a Holanda não venceu a Copa, mas se tornou uma referência, quebrou regras e conquistou o público. Se os gestores de nossas empresas incorporarem os conceitos de Rinus e os desenvolverem de forma consistente no longo prazo, é gol na certa!

Marcelo Santos é vice-presidente de RH do BankBoston, presidente da Fundação BankBoston e torcedor fanático do Santos.

TRABALHO EM EQUIPE

No futebol, todo torcedor sabe quais são as grandes equipes. Como? Pelos resultados: as equipes que ficam na memória são as vencedoras. São times que aliaram a eficiência à eficácia. Embora os torcedores reverenciem os grandes craques, também sabem que, sozinho, nenhum jogador faz uma equipe campeã.Esse mesmo raciocínio se aplica integralmente ao mundo corporativo atual. Saber atuar em equipe passou do discurso para a prática. É uma competência que se fortalece não só de dentro para fora da empresa (os gestores a valorizam e exigem-na cada vez mais), mas também de fora para dentro (a grande concorrência do mercado de trabalho a estimula). A razão disso é a constatação de que o resultado se potencializa pela atuação em equipe e de que as sinergias dos times dentro de uma empresa fazem dela vencedora.Essa realidade traz um certo paradoxo corporativo. Os profissionais possuem interesses e metas individuais para sua carreira, que os motivam assim como os resultados de seu time. No entanto, têm de aprender a abdicar, eventualmente, de alguns desses interesses, divergentes das metas da empresa, em favor do resultado da companhia. A organização deve reconhecer o desempenho individual, mas sem perder de foco que estímulo ao trabalho em equipe deve sobrepor as metas individuais. É a empresa com o desafio de cobrar esse pênalti e fazer o gol da gestão excelente do capital intelectual.

Wagner Brunin é, diretor de Recursos Humanos da Basf para a América do Sul e palmeirense.

TREINAMENTO

Todos sabem que a "mágica" que cria um time vencedor é a quantidade e a qualidade de treinos em conjunto, gerando sinergia e alto desempenho. Nesse caso, o importante é a repetição da prática, com orientações para melhoria do resultado. O interessante é que o mesmo raciocínio pode ser aplicado para a busca de desempenho das empresas.O treinamento é o momento que cada jogador pode testar suas habilidades sem medo, verificar suas potencialidades, em um ambiente protegido, onde errar não gera conseqüências graves. Assim como o jogador, na situação real, não tem tempo para pensar se se sairá bem batendo com a esquerda ou com a direita, os profissionais também não tem muito tempo para, no meio de uma reunião de negociação, testar os diferentes estilos de negociador que podem adotar. A prática deve estar incorporada naturalmente.

Almiro Reis Neto, presidente da Franquality Consultoria é palmeirense (mas o time de coração é a seleção brasileira)

MARKETING PESSOAL

Se são muitas as lições que saem dos campos de futebol, da mesma maneira alguns conceitos podem ser bem aplicados nos gramados oriundos do ambiente corporativo. A preocupação com o marketing pessoal, tão em voga nos últimos anos entre executivos, teve ressonância na carreira de um jogador desde algumas décadas: Dario José dos Santos.Ele passou por 17 clubes, esteve na vitoriosa e inesquecível seleção de 70 e, em 1971, fez o gol que garantiu ao Atlético-MG o título de primeiro campeão brasileiro. Dario tinha tanta desenvoltura nas quatro linhas quanto no marketing pessoal. E, para realçar a própria imagem, adotou Dadá Maravilha como marca - sem contar Dadá Beija-Flor, Dadá Peito-de-Aço e Rei Dadá.Dono do recorde de 10 gols numa mesma partida (num jogo em que o Sport de Recife venceu por 14 a 0 o Santo Amaro, em 1975), Dadá é também conhecido por suas tiradas de efeito que ajudaram a consolidar sua imagem. Em entrevista à revista Língua Portuguesa, o ex-jogador revelou que começou a fazer as frases quando entrou no futebol, aos 19 anos. "Era ruim de doer e todos me xingavam de perna-de-pau. Foi quando comecei a me defender com as palavras", lembra, acrescentando que, se tivesse de escolher entre as frases proferidas por algum colega de futebol e as dele, ele preferiria as de Dadá, como:

Não me venham com problemática, que eu tenho a "solucionática".

Só três coisas param no ar: helicóptero, beija-flor e Dadá.

Não existe gol feio. Feio é não fazer gol.

Garrincha, Pelé e Dadá deveriam fazer parte do currículo escolar.

Com Dadá em campo, não tem placar em branco.

Se minha estrela não brilhar, eu passo lustrador.

Fonte: Revista Melhor

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Should I Stay Or Should I Go - The Clash

Gente, como eu nunca postei essa música nesse blog???? Um verdadeiro C-L-Á-S-S-I-C-O, uma música atemporal e sensacional (dããã, rimou!!)

Aumentem o volume!!!

Bjsss


Homem de Ferro 2

Olá!!

Ontem assisti "Homem de Ferro 2" e super recomendo. Para quem gosta de histórias em quadrinhos, bastante ação e do Robert Downey Jr este filme é um prato cheio!!!

Além de tudo o filme é super divertido! É claaaaaaro q tem uma certa "forçação" de barra, algumas cenas beeeem inverossímeis (ninguém se machuca realmente no filme, apesar de váááárias ameaças), mas no todo, é um ótimo filme! E como a crítica e quem já viu o filme está falando, é tão bom quanto o 1º.
Destaque para a Scarlett Johansson que - lindíssima - rouba a cena da Gwyneth Paltrow, que é mera coadjuvante nesse filme (o romance da personagem dela e do Tony Stark não cola mto).....assim como Don Cheadle e Mickey Rourke....
A trilha sonora tb é um caso a parte, com The Clash e AC/DC, mto legal ouvir essas bandas em um filme!!

Se vc quiser apenas relaxar e não pensar em nada, esse filme é uma excelente solução!!

Bjs

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Have You Ever Really Loved A Woman - Bryan Adams


To really love a woman, to understand her / You've got to know her deep inside

Hear every thought, see every dream / And give her wings when she wants to fly

Then when you find yourself lying / Helpless in her arms

You know you really love a woman

When you love a woman / You tell her that she's really wanted

When you love a woman / You tell her that she's the one

`Cause she needs somebody to tell her / That it's gonna last forever

So tell me, have you ever really / Really, really ever loved a woman?

To really love a woman, let her hold you / 'Til you know how she needs to be touched

You've got to breathe her, really taste her / 'Til you can feel her in your blood

And when you can see your unborn children in her eyes

You know you really love a woman.

You've got to give her some faith / Hold her tight, a little tenderness

You've got to treat her right / She will be there for you, taking good, care of you

You really gotta love your woman, yeah.

And when you find yourself / lying helpless in her arms

You know you really love a woman.

http://www.youtube.com/watch?v=zeEFHJFUbEg

domingo, 9 de maio de 2010

Mães e antimães - Moacyr Scliar


Não recordo ter visto pessoa com expressão mais sinistra do que a promotora acusada de agredir a menina que estava em vias de adotar. A indignação que sua postura despertou manifestou-se nas agressões que recebeu quando saía da delegacia de polícia.

Uma indignação compreensível. Essa senhora, que pretendia ser mãe (adotiva), estava revelando-se na verdade uma antimãe. E isso nos surpreende e perturba. Acreditamos na maternidade e na paternidade como instintos que os seres humanos partilham com outras criaturas. Não é raro que animais adotem filhotes abandonados, inclusive de espécies diferentes.

A propósito, vale lembrar a famosa história bíblica das duas mulheres que comparecem perante o rei Salomão disputando a posse de um bebê. O monarca ordena que um soldado corte a criança pelo meio, entregando a cada mulher uma metade. Uma delas, em desespero, grita que, nesse caso, o bebê deve ser entregue vivo à outra. O que é revelador: é esta a mãe verdadeira, diz Salomão. O teste funcionou. Funciona sempre.


***

Ou quase sempre. Mães (e pais) que agridem seus filhos, praticando inclusive violência sexual, não são raros; este é, aliás, o tema do elogiado filme Preciosa, recentemente exibido em nossos cinemas. Mas aí a maioria das pessoas concordará que se trata de uma atitude patológica; é a mãe desnaturada, a mãe que age contra a natureza em geral e contra sua própria natureza. Isso acontece porque não somos apenas governados por nossos instintos, mas também por sentimentos e emoções, e estes muitas vezes servem de base para conflitos complicados e perigosos. O instinto manda que a mãe cuide amorosamente da criança; o conflito, porém, distorce essa inclinação anulando-a ou transformando-a em seu oposto, a agressão pura e simples. A solidão pode ser suficiente para isso, comenta o neurocientista John T. Cacioppo no livro Loneliness.

Experiências com animais mostram que fêmeas criadas em isolamento revelam-se mães incompetentes ou agressivas. No caso de seres humanos, o conflito basicamente resulta de frustrações, e nesse caso outras pessoas servem de válvula de escape, de bode expiatório. A criança, exatamente por ser indefesa, presta-se perfeitamente a esse papel.


***


Mas a mãe desnaturada paga um preço. É possível que o sadismo proporcione-lhe uma alegria selvagem e passageira; passado esse momento, porém, vem a culpa, vem o sofrimento. No fundo, essas mães, biológicas ou adotivas, gostariam de poder amar as crianças, de canalizar para elas aquilo que têm de melhor. Não o conseguem. Move-as um impulso incontrolável, o mesmo impulso que leva o bandido a matar a vítima indefesa ou que levou Hitler a ordenar o Holocausto. Só uma coisa pode impedir essa tragédia; aquele grau de consciência, de racionalidade, que persiste mesmo na loucura mais profunda.

Se em algum momento a mãe agressora der-se conta de que precisa de ajuda, de que deve procurar alguém que a traga de volta para a realidade, é possível evitar-se situações como as que temos visto na TV. O rei Salomão morreu há muito tempo, mas existem terapeutas e amigos que podem desempenhar esse papel. As crianças agradecerão.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Rock n` Roll no Spinning...

Olá!

Gente, como eu fico feliz com pequenas coisas!!!!!!!!!

Hoje a minha aula de spinning foi m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a...além de suar a doidado, meu profº tocou: Ramones, Deep Purple, Audioslave, Live e Bad Religion...

Vcs tem noção disso? Bad Religion, uma das minha bandas preferidas, numa aula de spinning?

Tinha como não ficar animada? Quer jeito melhor de começar a manhã??????????

SENSACIONALLLLLLLLLLLLL

Fiquem com apenas algumas músicas q tocaram e aumentem o som!!!!!!!

Bjs








A Relação entre Paixão e Criatividade

Essas duas forças intensas, capazes de romper as barreiras da razão, muitas vezes parecem caminhar juntas; o resultado dessa associação são obras de arte, música e literatura de inestimável valor não só para artistas e suas musas, mas para toda a humanidade.
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por Erane Paladino
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Quantas poesias, contos e romances têm falado de amor e de dor ao longo dos tempos? Encontros ardentes e avassaladores e paixões impossíveis, permeiam o imaginário de homens e mulheres e afetam pessoas de diferentes classes sociais, em variados contextos históricos e culturais. Parece haver um paradoxo entre forças intensas capazes de romper as barreiras da razão para jogar no infinito um oceano desordenado de sentimentos que, ao mesmo tempo, inundam a alma de amor... e medo.
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Quem nunca se viu, pelo menos uma vez, inesperadamente apaixonado? A condição pode parecer única àquele que a vive, mas as referências a esse estado aparecem de inúmeras formas, representadas por diferentes povos. Numa dimensão sociológica, podem-se discutir os limites entre movimentos históricos e culturais e/ou crenças como elementos propulsores de processos psíquicos inerentes a essa condição humana de “apaixonamento”.
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Ao lembrar os referenciais existentes desde a Grécia Antiga, o sentido do amor vem associado a algo bom, belo e verdadeiro. Em seu livro Sem fraude nem favor (1998), o psicanalista Jurandir Freire Costa refere-se a O banquete, de Platão e define o texto como representante do amor/sentimento único, inconfundível, universal e intrínseco à natureza do ser humano; um impulso dirigido a um outro, homem ou mulher, do sexo oposto ou do mesmo sexo, “um composto afetivo feito de desejo”. Na narrativa sobre o tema, Platão cria um encontro entre amigos num banquete onde o anfitrião, Agaton, chama a todos para um debate. Em seu discurso, Aristófanes apresenta seu conceito de amor: “...Porventura é isso que desejais, ficardes no mesmo lugar o mais possível um para o outro, de modo que nem de noite e nem de dia vos separeis? Pois se é isso que desejais, quero fundir-vos e forjar-vos numa mesma pessoa, de modo que de dois vos torneis um só e, enquanto viverdes, como uma só pessoa, possais viver ambos em comum, e depois que morrerdes, lá no Hades, em vez de dois serem um só, mortos numa morte comum.”A ideia de falta e busca da completude presentes neste texto, escrito nos idos de 360 a.C., remete aos princípios do amor romântico. Tristão e Isolda, lenda celta com alguns escritos que datam do século XI, assim como Romeu e Julieta, de Shakespeare (século XVI), também seriam exemplos das histórias do amor impossível e arrebatador, que para ser eterno conduz ao desespero e à morte.Mas, de qual amor falamos? Discutir esta ideia traz controvérsias. Na visão do filósofo André Comte Sponville, apresentada em Pequeno tratado das grandes virtudes (1999), há três manifestações: Philia, Ágape e Eros. De forma sintética, podemos definir Philia como o amor associado à amizade, ao companheirismo e reciprocidade, enquanto Ágape traz a ideia de benevolência e caridade de forma humanitária e desinteressada.
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Por esta ótica, a paixão se instala onde surge Eros, um amor a serviço deste deus ciumento e possessivo. O tormento e o prazer vêm juntos, pois este desejo, às vezes incontrolável, brota da falta. Na origem da palavra Pathos, no grego, contempla-se a ideia de sofrimento, paixão e catástrofe. O filósofo francês René Descartes (1596-1650) agrega um cunho singular ao conceito, articulando-o ao contato com o novo e associando-o ao padecer e ao agir. Diante da surpresa, somos impelidos a alguma reação que nos desacomoda. A vida, assim como a paixão, inevitavelmente pedem movimento e imperfeição. Se o que for passional sugere passividade, vê-se nessa manifestação amorosa o padecimento e algum tipo de subserviência a sentimentos intensos e também angustiantes. Afinal, o que seria de Tristão e Isolda se não houvesse uma espada a separá-los? Ou de Romeu e Julieta se não existisse a forte interdição entre as famílias?
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É fascinante observar (e sentir) no amor/Eros uma força inconfundível de prazer num encontro amoroso aparentemente único, carregado de momentos de plenitude, porém sempre acompanhados de forte angústia.
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TEXTURA DA ILUSÃO
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Quem é o objeto da paixão? Talvez aquele que traga a esperança do resgate de um elo perdido. A psicanalista Melanie Klein, inspirada em Freud, diz que o bebê, desde o seu nascimento, sofre uma angústia de morte diante de sensações como dor, fome e frio. Sua fragilidade física e biológica o leva ao desamparo emocional. O encontro com o prazer de ser acalentado e cuidado gera uma sensação de bem-estar vivida como plena. O mundo para um bebê seria traduzido por Klein em termos absolutos: a gratificação gera sensações prazerosas totalmente boas, assim como a frustração leva a sensações de dor, ameaça e sofrimento. “Bom e mau” representariam o maniqueísmo do universo psíquico do bebê em seus primeiros meses de vida. A paixão faz reviver instabilidades deste vínculo frágil e primitivo de dependência e apego. O escolhido, objeto da paixão, geralmente, é alguém que representa a esperança de alcançar o objeto bom idealizado. Muitas vezes, a pessoa pela qual nos apaixonamos tem atributos sutis, capazes de ativar e trazer para o presente experiências afetivas de modelos da primeira infância.
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Detalhes como o tom de voz, a forma de olhar ou a textura da pele, por exemplo, podem ser mais importantes como elementos catalisadores da paixão do que outros atributos aparentemente bastante significativos. A imagem e as expectativas valem mais. Daí sua associação com a ilusão. Sensações de entorpecimento, carregadas de fantasias que parecem preencher por completo os enamorados, os levam a perder o apetite e o sono e a diminuir sua capacidade de concentração nas divagações quase surreais.
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MEMÓRIA DA DOR
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Diante da solidão e da incompletude inevitáveis da condição humana, surge a paixão com a fantasia e a promessa de uma vida plenamente feliz, numa tentativa emocional de retorno a algum estágio anterior que negue o desamparo, o medo e os limites impostos pela vida. O paradoxo, porém, está na força que acompanha o desejo – já presente nas palavras de Platão – de um encontro perfeito, onde duas metades se unem e se fundem – livrando-nos da dor. Mas só existe o desejo quando há a constatação da falta.
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A paixão denuncia, tanto no adolescente quanto no adulto, a expectativa de uma vida sem dor, separação ou solidão. Este ideal de amor total emerge do vazio e do desamparo que ainda pulsa, grita e traz a memória de dor. Há nos primórdios do desenvolvimento uma lembrança do vazio, fruto da sempre dolorida separação mãe/bebê.E como a vida surpreende, a depender das condições, é possível encontrar possibilidades, criar-se.
Segundo o psicanalista Donald Winnicott, há um espaço potencial, uma espécie de área infinita de separação: o bebê, a criança, o jovem ou o adulto podem preenchê-lo criativamente com o brincar que, com o tempo, transforma-se na herança cultural. Pode-se pensar nas dores da separação como bases psíquicas para a expressão artística e para o trabalho criativo como meio de reparar e atribuir outro significado à dor.
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As telas de Frida Kahlo, por exemplo, retratam explicitamente seu sofrimento físico e suas perdas afetivas, assim como as obras de Pablo Picasso ou Camille Claudel expõem as angústias de amores difíceis.Apaixonados incansáveis são os poetas, os pintores, os escritores, os músicos, ou mesmo os médicos, professores, psicanalistas... Em comum têm o fato de construírem um universo a partir de um mundo interior muitas vezes dolorido. De alguma forma, deve-se a eles toda a gratidão por terem a generosidade de expor ao mundo suas almas sofridas, num movimento criativo de reavaliação que acaba por tocar no âmago de cada um de nós, construir novos paradigmas, traçar sempre um novo olhar para as infinitas e, por vezes, impensáveis possibilidades.
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Erane Paladino é psicóloga clínica, coordenadora e professora do Departamento de Psicodinâmica do Instituto Sedes Sapientiae, autora do livro O adolescente e o conflito de gerações na sociedade contemporânea (Casa do Psicólogo)
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domingo, 2 de maio de 2010

Quem te viu, quem te vê - Chico Buarque

Oi

Essa música eu quero dedicar para TODAS as minhas amigas que sofrem por amor ou tem problemas nesse quesito....a música não fala exatamente sobre dor de cotovelo ou desilusão, mas serve para que elas tenham em vista que merecem mais....muiiiiiiiiiiito mais, pq elas são f....., todas lindas, inteligentes, sensíveis, carinhosas e há de aparecer homens com H maiúsculo que as mereçam....

NENHUMA mulher, acho q nenhum ser humano, pra não ser restrita aos gêneros, deve se submeter a relações onde o outro não te valorize.....

Creio q é imprescindível q a gente SEMPRE lembre disso!!!

Eis a letra:

Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua

Hoje o samba saiu, lá lalaiá,
procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais esquece não pode reconhecer

Quando o samba começava você era a mais brilhante
E se a gente se cansava você só seguia a diante
Hoje a gente anda distante do calor do seu gingado
Você só dá chá dançante onde eu não sou convidado

O meu samba assim marcava na cadência os seus passos
O meu sonho se embalava no carinho dos seus braços
Hoje de teimoso eu passo bem em frente ao seu portão
Pra lembrar que sobra espaço no barraco e no cordão

Todo ano eu lhe fazia uma cabrocha de alta classe
De dourado eu lhe vestia pra que o povo admirasse
Eu não sei bem com certeza porque foi que um belo dia
Quem brincava de princesa acostumou na fantasia

Hoje eu vou sambar na pista, você vai de galeria
Quero que você me assista na mais fina companhia
Se você sentir saudade por favor não dê na vista
Bate palma com vontade,
faz de conta que é turista


Bjsss

sábado, 1 de maio de 2010

Alice in Chains - Man in the box

DIA DO TRABALHO

Olá Pessoal!


Quero deixá-los hoje com um texto interessante para a gente refletir sobre o dia de hoje! E aproveito, gostaria tb de indicar um filme mto contundente, apesar de ser "comédia": "Tempos Modernos", do grande Chaplin...apesar de ser antigo, continua deveras atual!

Segue o texto, então!

Dia do Trabalho - Por Suely Pavan 01.05.2010


Este ano o dia do trabalho irá cair num sábado, e claro será feriado. Por mais estranho que pareça no dia do trabalho não se trabalha. Então este tempo de feriadão permite refletir sobre o seu significado.

O que é o trabalho para você?

Responda, mas esqueça aquele monte de matérias que você lê nas revistas especializadas à respeito, que sempre associam trabalho com prazer. Claro, que trabalhar no que se gosta é muito melhor, óbvio né? Mas fico pensando na quantidade de pessoas em nosso país que trabalha só e unicamente pelo dinheiro advindo do trabalho. Outras até que dissociam totalmente o fator trabalho, e pensam apenas no dinheiro na conta no final do mês. Tem gente que não quer ter trabalho, quer apenas o dinheiro, e costuma ter um péssimo desempenho naquilo que faz. Não capricha!

Trabalho bem feito é caprichado, dá trabalho.

Entro no supermercado e ouço gente reclamando do trabalho na cara do cliente. Vou à loja e vejo a mesma cena. Passo na banca de revistas e leio o oposto: Trabalho traz felicidade! Acho que o povo que escreve estas coisas não anda nas ruas, não faz pesquisa “in loco”. Continuo o meu trajeto de carro e vejo gente muito mal humorada dirigindo os seus carrões: Será que vai para o trabalho deste jeito?

Antigamente ninguém endeusava muito o trabalho, mas trabalhava e muito, porém de forma caprichada. Responder à pergunta que fiz neste texto era fácil: Trabalho para pagar as contas e ter uma vida melhor para minha família. Ninguém titubeava. Hoje a resposta deve lembrar alguma tese de mestrado daquelas bem chatinhas de ler e que não agregam absolutamente nada de novo, apenas um monte de citações antigas.

Quando eu comecei a trabalhar no final da década de setenta tinha uma fantasia sobre o trabalho, aliás, nunca havia pensado sobre estas coisas. Mas morria de vontade de começar a trabalhar, me imaginava subindo as escadas da empresa e passeando no centro da cidade de São Paulo. Tinha que saber datilografia, mas não fazia idéia do que eu iria datilografar. Trabalho pra mim significava apenas liberdade. Uma liberdade confundida com andar para cá e para lá. E claro comprar coisas. Sensação muito boa!

Apesar de o tempo ter passado a minha concepção original de trabalho ainda é liberdade, hoje com um componente mais robusto que é não só a compensação financeira mas também a produtiva. Aquela sensação impar de ter feito o que tinha que ser feito. Trabalho hoje é uma espécie de missão em minha vida. Gosto de trabalhar, na realidade eu adoro. Não consigo me imaginar sem o meu trabalho, ele é a expressão maior do que eu sou, é a marca que deixo por onde passo. Como boa geminiana gosto da diversidade do meu trabalho: escrevo, dou palestras e cursos, faço seleção e atendo em psicoterapia. Mas meu foco é único, sempre, o desenvolvimento das pessoas. Acho delicioso trabalhar nos tempos atuais, principalmente por que sou apaixonada por todos os recursos da internet. Sem modéstia alguma hoje vejo que o meu trabalho é útil em vários setores da vida. Claro, que ele ainda não tem o reconhecimento que merece. Acho que a profissão que escolhi – psicóloga – poderia ser mais bem utilizada. Imagino-me sendo consultora da polícia, ajudando as pessoas nas catástrofes naturais, e também a reinvidicar os seus direitos de forma organizada. Enfim, tenho muito a fazer, e claro que preciso de apoio de profissionais que fazem e pensam do mesmo jeito que eu. Acredito que trabalho seja transformação, e ainda sonho com o dia de ajudar as pessoas a serem ricas. Sim ricas muito ricas.

Acredito que se ajudarmos as pessoas a trabalhar e a ganhar dinheiro elas serão menos usadas por qualquer tipo de interesse especulativo seja ele uma manipuladora campanha de marketing ou uma igreja que prega o fanatismo. Gente que trabalha e que tem dinheiro para comprar livros, viajar e ter acesso ao “diferente” amplia a sua cabeça e vê o mundo de outra forma. Trabalho significa escolha e dignidade e ponto de acesso aos estudos. Estudar sempre, mesmo que seja algo não formal. O pensamento pequeno do brasileiro me incomoda. Temos que começar a pensar grande, ganhar dinheiro, gerar riquezas e exigir menos roubalheira. Gente conformista deveria levar uns choques de vez em quando.

O mundo está ai acessível para todos, sair do mundinho é aumentar perspectivas. Não sei se terei tempo para fazer tudo o que eu gostaria de fazer profissionalmente, pode ser que não, mas tenho certeza de que muita gente pensa como eu neste mundão. Trabalho é amplitude, e talvez por isto hoje em dia eu aceite cada vez menos trabalhos que só buscam bitolar, enquadrar e engessar pessoas. Quando eu vejo a moça da loja ou o cara do supermercado reclamando do trabalho eu sempre pergunto: Mas porquê você trabalha aqui se não gosta?

A resposta é sempre aquela: porque eu preciso! Como precisar pode ser incompatível com trabalhar?

Não dá para crescer na ladainha da reclamação, o negócio é procurar outro emprego ou no mínimo uma atividade no qual a pessoa sinta-se produtiva e principalmente útil. Caros escritores de revistas sobre o trabalho andem de ônibus, e não só olhem a realidade, aprendam a intervir sobre ela. Esta simples pergunta que costumo fazer aos reclamões mostra a eles mesmos o quanto são improdutivos, acostumados apenas a receber um salário, fazendo um serviço medíocre. Infelizmente, ainda são poucos os gestores que percebem estas atitudes que denigrem imagens de grande empresas. Talvez eles também estejam apenas fingindo que trabalham, e neste fingimento incessante ninguém cresce e muito menos amplia os seus próprios horizontes.

Eles parecem trabalhar muito, mas gastam boa dose de energia reclamando sem nunca virar a mesa a favor de si ou das empresas que escolheram trabalhar. Escolheram! Não conheço ninguém que foi trabalhar a força em determinado lugar. Que o dia do trabalho nos lembre estas escolhas, e que se não gostamos delas sempre há tempo para recomeçar.

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