quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Queen - Who Wants to Live Forever


dedico esta música que eu amo demais, para minnha vó, meu amor, meu modelo de vida....esta sim é uma verdadeira "Highlander". sem dúvida nenhuma, ela é a mulher mais forte que eu já conheci! não me canso de aprender com ela, todo dia ela me ensina algo!

e tem excelente gosto, adorava o Freddie Mercury!

Contagem Regressiva






































nem acredito, a emoção e a ansiedade são mto grandes, mas a alegria tb é imensa!
Deus permita que o Henrique venha numa boa hora!

sábado, 25 de janeiro de 2014

Des'ree - You gotta be


"You gotta be bad, you gotta be bold, you gotta be wiser
You gotta be hard, you gotta be tough, you gotta be stronger
You gotta be cool, you gotta be calm, you gotta stay together
All I know, all I know, love will save the day"

p.s. como bônus tem uma outra ótima música no final da apresentação, "Life".


Desabafo pessoal

Olá pessoal,

A vida é um constante aprendizado. Brinco com meus amigos, que às vezes, parece que a gente está numa gangorra....

























....a gnt acha q está td bem, td estável, td relativamente confortável e tranquilo, aí de repente, vem uma situação completamete inesperada tirar-nos da zona de conforto, empurrando a gnt para decidirmos entre opções que a gnt não sabe de fato qual é a menos pior, confrontando-nos com nossos medos, angústias e limitações...

Mas sou otimista, tenho fé - mta fé - que tudo se ajeitará, eventualmente, mesmo q a solução não seja no tempo e do jeito, que eu quero....

Hoje, mais uma vez escutei uma frase (a frase abaixo), que volta e meia ressoa na minha cabeça....Foi de uma pessoa mto especial para mim (Claudia) e, com certeza, veio numa boa hora....



































Só posso agradecer que, nestes momentos, tenho verdadeiros anjos à minha volta, me ajudando na minha caminhada e tornando menos pesados e dificeis meus problemas.

A eles, meu sincero agradecimento!

Abraços,

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

James Taylor & Carole King - You've Got a Friend



essa música sempre me emociona...e me faz lembrar minha mãe...e me traz a tona um monte de lembranças boas...

Álbum de Família

Oiii

Ontem assisti "Álbum de Família" (August: Osage County), filme do não tão conhecido diretor (pelo menos para mim) John Wells e que conta com um elenco espetacular, com atores incríveis como: Meryl Streep, Julia Roberts, Julianne Nicholson, Ewan McGregor, Juliette Lewis, Sam Shepard, Chris Cooper, Abigail Breslin, Benedict Cumberbatch e etc....





































O filme até tem 'pitadas' de comédia, mas não dá para se enganar: é drama do começo ao fim! Sabe aquele filme pesado, cheio de conflitos, dificil de assistir??? Então, 'Álbum de família' é assim! 

2 horas de pura tensão, muitos diálogos, bem teatral e não tinha como ser de outro jeito, já que é a adaptação de uma peça de teatro, que ganhou vários prêmios nos Estados Unidos...




































Após assistir o filme, li algumas críticas mas eu, particularmente, gostei mto do filme! Não me importei com o tom teatral e me sensibilizei com os conflitos desta família despedaçada por um evento traumático que os reune. 

O que me ganhou, foi a interpretação acima da média de Julia Roberts e Meryl Streep - que realmente é uma atriz fora do normal.


























Se você quer assistir um filme leve e despretensioso é melhor deixar esse filme para um outro momento, mas se você curte um drama daqueles, vai gostar mto deste filme!

Para maiores informações, segue duas excelentes criticas:







































http://cinemacomrapadura.com.br/criticas/315611/album-de-familia-2013-um-denso-desfile-de-mulheres-fortes/
http://www.cartacapital.com.br/politica/album-de-familia-336.html

Abraços,

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

12 Anos de Escravidão

Oi novamente,























Falei que este fim de semana assisti dois filmes incríveis, certo? O 1º filme eu já comentei no post abaixo, mas agora venho comentar sobre o 2º filme, completamente diferente, mas igualmente inesquecível!!!!























Assisti 12 Anos de Escravidão (12 years of slave), do excelente diretor Steve McQueen (o mesmo de Hunger e Shame, q também são sensacionais) e q conta com um dos melhores elencos que eu já vi em um bom tempo: Chiwetel Ejiofor, Michael Fassbender, Benedict Cumberbatch, Paul Dano, Sarah Paulson, Lupita Nyong’o, Alfre Woodard, Garret Dillahunt e Brad Pitt (que faz uma participação super importante e é tb produtor do filme).


























É claro que o destaque vai para Chiwetel, que jaz fez inúmeros filmes conhecidos, mas sempre como coadjuvante, mas aqui dá um show como Solomon Northup.

Estava curiosa para assistir este filme, desde que comecei a ler comentários na internet e principalmente quando vi que ele era um dos filmes favoritos ao Globo de Ouro, que ocorreu ontem. Então, ao invés de assistir ao Globo de Ouro, como eu geralmente faço, fiquei assistindo o filme e depois que o filme acabou, fiquei torcendo para que ele ganhasse algum prêmio! E ganhou, de melhor filme na categoria Drama. Reconhecimento super merecido!








































Bom, mas vamos a história!!! Baseada em fatos reais, 12 anos, retrata a vida de Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um escravo que consegue seus documentos de liberdade, mas acaba sendo sequestrado e passa a viver novamente como escravo, para diferentes "senhores", um pior do que o outro, mas nenhum tão ruim quanto Edwin Epps (Michael Fassbender, ator que eu adoro, mas cujo personagem me deixou até com raiva no final das contas).




























Não vale a pena revelar mto mais sobre o filme, só preciso alertá-los de ficar com um lencinho do lado, porque o filme retrata a realidade de uma maneira mto cruel, injusta e dura e é impossível (pelo menos para mim), segurar as lágrimas quando o filme acaba!






















Tenho certeza que, quando o ano encerrar, este filme entrará na minha lista de melhores filmes de 2014 e olha que o ano mal começou!!!!!




























Super recomendo! Q filme, que história, que atores, que direção! PERFEITO! De ficar pensando por mto tempo.....

Assistam!

Abraços,

Rush - No Limite da Emoção

Oláááá






































Neste fim de semana assisti dois filmes incríveis  e fiquei super entusiasmada para vir comentar sobre eles aqui neste espaço que eu tanto amo!!!!!

O 1º filme que quero falar é Rush - No Limite da Emoção, dirigido por Ron Howard e que tem no elenco o Thor, brincadeirinha, o nome dele é Chris Hemsworth, Olivia Wilde, Daniel Brühl, dentre outros!



































Rush tem como pano de fundo, o mundo da Fórmula 1, na década de 70 e retrata a rivalidade existente entre os pilotos Niki Lauda (Daniel Brühl) e James Hunt (Chris Hemsworth). 

Para ser bem sincera, sou completamente leiga em Fórmula 1. Quando eu era criança eu acompanhava o Senna, como maioria dos brasileiros, mas depois parei de acompanhar. Nem conhecia estes pilotos mto menos a rivalidade entre eles, por isso o filme foi uma grata surpresa para mim!





























Rush prende do início ao fim, tem mta ação, drama, comédia, romance, enfim, é um filme completo! 

Além do que, tecnicamente é impecável!!! Figurino, fotografia, som, tudo bem encaixado!!!
Realmente não eram exageradas as boas críticas que o filme recebeu, sendo cotado como um dos melhores de 2013! Reconhecimento super merecido!

Daniel e Chris (sim, sim, o Thor) dão um banho de interpretação (e emoção).


























Filme I-M-P-E-R-D-Í-V-E-L!!!!

Para outras críticas sobre o filme, leiam:

http://cinemacomrapadura.com.br/criticas/308747/rush-no-limite-da-emocao-2013-adversarios-mas-nao-inimigos/

http://omelete.uol.com.br/festival-de-toronto/cinema/rush-no-limite-da-emocao-critica/#.UtQQePRDt8F

Abraços,
Jú M.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Frozen

Oiii

Ontem fomos assistir Frozen, da Disney, dirigido por Chris Buck e Jennifer Lee. Assistimos a versão dublada mas, sinceramente, queria ter assistido a versão legendada pois acho q teria curtido ainda mais o filme (explico mais o porque disso, logo abaixo).







































O filme é inspirado no conto "A Rainha da Neve", de Hans Christian Anderson e conta a história  de duas princesas (Elsa e Ana), sendo que uma delas tem o poder de criar gelo e neve e por conta deste poder acaba ferindo sua irmã. Para evitar maiores problemas os pais das princesas preferem deixá-las reclusas, até o dia da coroação em que todos da cidade acabam descobrindo o segredo. Melhor não revelar mais nada, para aguçar a curiosidade de quem está a fim de assistir o filme.







































Frozen é um filme mais "para meninas", mas tem excelente sacadas que vão agradar de crianças a adultos. É belíssimo visualmente. Fiquei estarrecida de tanta beleza, principalmente na confecção do castelo de gelo!!!! As princesas também são lindas (imagino que, se eu tivesse uma filha mulher, ela com certeza iria querer as bonecas das princesas de presente!!! hehehe). 

A única coisa que me incomodou, e isso é uma coisa beeeem pessoal, foram as canções (e o fato do filme ser dublado, piorou ainda mais esse incomodo), que me irritaram um pouco e a ausência de um vilão, ou de algo que fosse mais ameaçador para a conclusão do filme (que é mto bem feita, diga-se de passagem), mas repito, isso é uma opinião minha.

Para não dizer que não gostei de nenhuma música, ressalto "Vuelie" que aparece em mais de um momento do filme, e me agradou mto!!!



Resumindo, Frozen é um filme divertido, sensível, que mostra com delicadeza o amor verdadeiro das duas irmãs e faz refletir a respeito, de amizade, superação, auto-controle e respeito.




































Assistam!

Abraços,
Jú M.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Como enfrentar o calor....

....táticas que eu tenho usado.

- água gelada
- banho gelado
- sucos naturais
- água de coco
- frozen yogurt
- picóles de frutas
- sanduiches naturais
- saladas
- ventilador
- ar condicionado
- roupa fresquinha
- evitar se expor ao sol antes das 18h
- caminhar 

Revista Vida Simples - A grama do vizinho é sempre mais verde?

Olá pessoal,

Li um texto da revista Vida Simples que, para variar, achei o máximo!

Espero que vocês gostem tb!

Bjs,


----------------

O relacionamento do outro é mais feliz que o seu. O trabalho, mais recompensador. Comparações podem fazer mal, mas existem maneiras de driblar esse sentimento danoso para a nossa felicidade.

Publicado em 01/06/2013
POR Diogo Antônio Rodriguez/ Fotografia: Dionisio Dias

Edição 132

Existe um provérbio muito popular por aqui e também em países que falam a língua inglesa que diz o seguinte: "A grama do vizinho é sempre mais verde". A frase serviu como inspiração para essa capa de vida simples.

O provérbio foi também, há alguns anos, inspiração - e objeto de estudo - do psicólogo americano James R. Pomerantz, que resolveu checar, por meio de vários métodos, como percepção ótica e psicologia, se a frase é, de fato, verdadeira.

As conclusões de James Pomerantz são curiosas, para dizer o mínimo. Levando em conta o ângulo que uma pessoa forma em relação à própria grama e à do vizinho quando olha, ele deu um jeito de explicar se há realmente uma grama mais verde do outro lado da cerca. Qual foi a conclusão do estudioso? Vamos deixar isso para mais tarde, para o fim do texto. E continuo com outra pergunta: Realmente importa saber se as pequenas folhas têm coloração mais intensa aqui ou acolá? E se olhássemos para esse dito popular procurando entender outras coisas
a seu respeito, como, por exemplo, prestar atenção ao que ele diz sobre nós?


Sim, inveja

Acharmos que a grama do vizinho é mais verde do que a nossa é algo que pode ser traduzido em um termo mais claro: inveja. Sim, olhar para algo que pertence a outra pessoa e nos sentirmos mal porque ela tem algo, acreditamos nós, melhor do que o
que temos. Ou que não temos. "A definição budista sobre a inveja é que ela é uma sensação desagradável que a gente tem quando observa pessoas experimentando prazer, virtude ou boa sorte", diz o monge Gen Kelsang Tsultrim, professor residente do Centro de Meditação Kadampa Brasil.

Portanto, uma das características da inveja é voltar nosso olhar para as outras pessoas focando em coisas e características delas que gostaríamos de ter. Mas algo na definição do monge Tsultrim chama a atenção. Se inveja é sentir desconforto quando outros sentem prazer ou boa sorte, o que isso diz sobre nós? A grama do vizinho é mesmo mais verde? E por que nos importamos tanto com esse tipo de coisa?
Segundo o rabino Nilton Bonder, em seu livro A Cabala da Inveja (editora Rocco), a inveja não só nos deixa incomodados com as vantagens que alguém recebe, como também nos faz criar "enormes estruturas de injustiça em nossas mentes". Além de nos sentirmos mal com o sucesso do outro, criamos uma explicação do porquê disso
ter acontecido com ele e não conosco. Deduzimos, inconscientemente, que éramos nós os verdadeiros merecedores de tais benesses. Nos sentimos deixados de lado, esquecidos pelo Universo. "O invejoso se sente incompreendido, ele acha que o mundo lhe deve alguma coisa", explica o psicólogo e escritor Alexandre Bez, autor de Inveja - O Inimigo Oculto (Juruá Editora). Assim, começamos a alimentar uma raiva direcionada a quem conseguiu algo que queríamos ter. Nasce uma inveja.


Justo ou injusto

Pronto, a inveja está ali instalada, mesmo que a gente ainda não tenha se dado conta disso. E ficamos matutando, tentando encontrar uma explicação para aquele incômodo. A primeira reação é negar esse sentimento. E construir uma justificativa mais ou mesmo assim: "não é inveja, mas eu queria tanto aquela (complete aqui com qualquer coisa boa). Lutei muito por isso, sou aplicado, me esforço, e justo ele/ela foi conseguir? Realmente não é justo".

Cair nesse raciocínio não custa muito. O perigoso disso é que, a partir daí, pode-se justificar muitas coisas danosas para nós e os outros. Afinal, se estamos sendo injustiçados, temos de nos defender, não é? Mas e se a injustiça for falsa? E se o Universo não estiver em dívida com a gente? O monge Gen Tsultrim explica: "Parece que a inveja é causada de fora para dentro: alguém me fez sentir raiva, alguém me fez sentir inveja". Tal percepção é, no entanto, enganosa, observa ele. "Na verdade, é um movimento essencialmente interno e da pessoa que está sentindo, não é de fora", completa Tsultrim.

O psiquiatra e psicoterapeuta José Toufic Thomé, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, destrincha esse percurso interno. "Tenho dois caminhos: ou ataco meu objeto de desejo, desqualificando, desvalorizando, ou eu me sinto destruído por aquilo, me consumo na minha inveja. É como aquela expressão popular `comer o próprio fígado", diz.

Motivos para invejar não faltam. Três tipos de coisas, aponta o monge Gen Tsultrim, são combustíveis para esse sentimento: posses, qualidades e o conhecimento. E o que dizer dos dias de hoje, quando todos querem expor o que há de melhor em suas vidas? As redes sociais, tão pródigas em nos conectar e manter informados, são, dessa forma, um terreno bastante fértil para a semente da inveja.

Um estudo de duas universidades alemãs - Tur e a Técnica de Darmstadm - mostra o porquê de o Facebook não querer incluir um botão "descurtir" em sua plataforma. Seiscentas pessoas foram entrevistadas e um terço delas (33%) disseram que se sentem inferiores depois de olharem o perfil de amigos ou colegas. O que mais incomodou, segundo a pesquisa, foram fotos de férias, de atividades sociais e ficar sabendo de conquistas e do sucesso dos outros. De acordo com o artigo publicado pelos pesquisadores, "a disseminação e
a onipresença da inveja nas redes sociais enfraquecem a satisfação dos usuários em relação a suas vidas".

Faz sentido, já que a vida dos "conhecidos", até pouco tempo atrás, não era tão acessível assim. Agora, basta abrir uma rede social para ficar sabendo de tudo o que os outros querem divulgar: novos empregos, viagens, relacionamentos. O tempo todo temos um lembrete de como os outros estão, e olhamos para as nossas vidas e pensamos se não poderíamos estar melhor.


Comparações

A inveja é um sentimento humano tão antigo que está no Velho Testamento. Um dos exemplos mais famosos é o de Caim, que matou seu irmão Abel. Segundo conta o texto do livro Gênesis, Caim ficou furioso porque, quando ambos os irmãos fizeram oferendas a Deus, apenas a de Abel foi reconhecida. Essa sede por recompensas pode não ser nova, mas as transformações que o mundo vem sofrendo desde o século 16 têm contribuído para que sintamos cada vez mais necessidade de nos comparar aos outros - e acabamos sofrendo mais por isso.

Mas, afinal, por que nos comparamos tanto? Comparar é um ato que pressupõe haver algo de similar entre duas coisas. Por exemplo: Podemos ir a dois supermercados diferentes para saber quanto cada um cobra pelo quilo do tomate. O preço pode ser diferente,
mas o tomate é, essencialmente, o mesmo. Não somos tomates, claro, mas esse ato de olhar para o outro e seu "preço" tem a mesma lógica: somos basicamente iguais àquela pessoa. O que nos diferencia, então, é a "etiqueta" colada em nós.

Para entender melhor o porquê de nos compararmos, temos de entender que nem sempre as pessoas se consideravam iguais. Na Antiguidade, por exemplo, até antes da época em que a Bíblia foi escrita, a noção de igualdade era diferente da que temos hoje. O filósofo suíço Alain de Botton mostra que, na Grécia, a desigualdade entre as pessoas era uma coisa natural. Em seu livro Status Anxiety (em tradução livre, Ansiedade por status), de Botton relata que o filósofo Aristóteles (384 - 322 a.C.) via a escravidão como algo normal. "Só no meio do século 17 é que o pensamento político começou a contemplar o igualitarismo", escreve. Até então, o mundo era um lugar dominado por monarquias e aristocracias. Quando a ideia da democracia começou a ficar popular pela Europa e América, a noção sobre as pessoas mudou junto. Antes, pensava-se que as desigualdades entre as pessoas eram naturais e até justificadas pela religião. Com o fim desses regimes políticos, a ideologia passou a ser de oportunidade igual para todos, já que todos seriam essencialmente iguais. "Nas democracias, a atmosfera da imprensa e opinião pública incessantemente sugeria aos servos que eles poderiam alcançar os cumes da sociedade. E que poderiam se tornar donos de indústrias, juízes, cientistas ou presidentes", observa o filósofo. Teoricamente, a partir do momento em que a democracia se tornou o ideal da sociedade ocidental, qualquer um poderia ser o que quisesse. Só dependeria do próprio esforço.

Há mais liberdade e, ao mesmo tempo, menos referências de como devemos viver. O rabino Nilton Bonder escreve que "quando instituições e ideologias enfraquecem, não temos em que investir nossas vidas, a não ser no crescimento pessoal". "Se por um lado este é um movimento extremamente enriquecedor para a humanidade, por outro pode tornar-se um grande retrocesso, pois não é difícil encontrarmos verdadeiras multidões que compreendem erroneamente o investimento pessoal como sendo um verdadeiro bem. Desejam "ter crescimento, em vez de vivê-lo", afirma Bonder. Alain de Botton concorda com a ideia: "Só nos consideraremos afortunados quando tivermos o mesmo que, ou um pouco mais que, as pessoas com quem crescemos, trabalhamos, somos amigos e nos identificamos na área pública".

Uma busca incessante por esse sucesso entre nossos iguais nos leva a um ressentimento específico quando a inveja desfere sua picada. Vivendo entre iguais e nos comparando incessantemente, vamos nos sentir mal quando olharmos para aqueles que estão mais próximos, pessoas com quem podemos nos comparar.


A neurociência também explica

Em um estudo publicado pela revista Nature, o Instituto Nacional de Ciências Radiológicas do Japão identificou no cérebro humano a manifestação dainveja. Usando ressonância magnética, verificaram que a sensação provocada é interpretada por nós de maneira similar a uma dor física. Além disso, notaram que isso só aconteceu quando os 90 voluntários se compararam com pessoas similares a eles, que tinham recebido algum benefício material ou de status.

Se invejar é algo, digamos, natural, como não deixar que nossos desejos individuais se transformem em um vetor de negatividade apontado para aqueles que estão recebendo algo bom? Em primeiro lugar, é preciso ter consciência. "O melhor é reconhecer que estou invejando e aí tentar aceitar esse sentimento: ter condição de conviver com isso sem me atacar ou atacar o outro", diz o psiquiatra e psicoterapeuta José Toufic Thomé. Claro que isso é difícil, mas não devemos fugir e, sim, encarar nossos sentimentos, por mais obscuros que sejam.

"Apesar de a inveja ser real, ela não representa necessariamente que desejamos mal à pessoa com quem tivemos dificuldade de compartilhar a alegria", afirma Nilton Bonder. E o segredo é simples. "O oposto disso é o regozijo", ensina o monge Gen Tsultrim. "É uma prática muito encorajada no budismo. É você ficar feliz quando alguém desfruta prazeres." Em ídiche, relata Bonder em seu livro, existe uma palavra
para descrever essa atitude: farinem, que significa "compartilhar prazer". 

Compartilhar a felicidade do outro é deixar de lado nosso egoísmo e considerar o ponto de vista de quem tem o que comemorar. Em vez de lamentarmos o fato de não sermos agraciados pela mesma facilidade, melhor é se juntar à festa.

E como fica a pergunta do início do texto? Afinal, a grama do vizinho é ou não mais verde que a nossa? Pomerantz descobriu que sim: o jardim do outro lado da cerca brilha com uma cor mais intensa do que a nossa. Ao olhar para a nossa própria grama, por entre as folhas, vemos também a terra marrom, que "dessatura" o verde, fazendo com que ele fique mais fraco. Quando olhamos para o vizinho, no entanto, o ângulo não deixa que vejamos a terra, só as folhas, o que fortalece a percepção do verde.

A grama do vizinho é sempre mais verde pelo mesmo motivo que a vida dos outros parece, não raramente, melhor do que a nossa: porque estamos presos ao nosso próprio ponto de vista. Sempre haverá algo que pareça melhor, mais bonito ou ainda mais colorido. Temos é de aceitar as nossas bênçãos para não perdê-las de vista. Talvez o nosso vizinho não concorde conosco. Será que se perguntarmos a ele, vai achar que a grama dele é tão verde assim? Será que não vai achar que a sua é a mais verde?


Dionisio Dias é fotógrafo publicitário. Mas ele conseguiu tempo na agenda para clicar este belo ensaio para vida simples.

Diogo Antonio Rodriguez é jornalista e cientista social, escreve para vida simples há dois anos e assina nossa seção de música.