Oi pessoal
Li essa reportagem da Revista Amanhã e achei bem interessante a reflexão...
Espero q vcs gostem!
Bjs,
Jú M.
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Tostar neurônios tem limite
Nem sempre a agenda cheia de compromissos e projetos é gratificante. Saiba quando o excesso de trabalho começa a afetar a produtividade
Blog Vida Executiva
Bernt Entschev
Enquanto alguns estão voltando das férias, ainda aquecendo os motores, outros já estão com muito trabalho. Alguns, até demais. E, com isso, vemos uma questão: ter trabalho demais é bom ou ruim?
Estudos concluíram que estimular a mente de diferentes formas, realizando diferentes atividades, aumenta a criatividade e capacidade de inovação, mas sobrecarregá-la de conteúdo pode ter o efeito contrário: queda de rendimento. É comum ver profissionais com listas e pilhas de coisas para fazer – o que certamente é ruim tanto para empresa quanto para funcionário.
Mas o que explica a queda no rendimento se as tarefas são realizadas uma a uma? O problema é que, com o cérebro preocupado na resolução de 20 tarefas dentro de um tempo hábil no qual ele sabe que só resolverá a metade resulta em complicações como. Entre elas, as faltas de foco e de tempo. Além disso, quando o trabalho fica sob pressão, surge o problema de administração das prioridades – isso sem levar em consideração os imprevistos e pedidos fora de hora, pausas para café e descansos para corpo e mente.
Pensando nisso, observo que a prática tem culpa nos dois lados: 1) a empresa: ela simplesmente empurra as tarefas aos subordinados como se empurra uma pedra do penhasco; 2) os profissionais: eles não conseguem, e muitas vezes nem podem, impor limites ao seus afazeres.
“Afinal, o que é um pingo para quem está encharcado?”
Com essa impossibilidade ou incapacidade em dizer não aos superiores, o que vem em seguida (geralmente) são noites em claro, almoços com fast food e fins de semana sem a família, já que estão debruçados sobre as máquinas correndo contra o tempo para dar conta de tudo. Depois, a qualidade destes profissionais acaba diminuindo de modo notório – e as empresas, mesmo vendo as olheiras de seu funcionário, muitas vezes não se dão conta do motivo.
Além disso, um profissional que trabalha sozinho, principalmente em empresas com setores enxutos, tem que escolher entre focar seus neurônios em um projeto ou outro. Em contrapartida, quando há equipes, é possível conduzir vários projetos ao mesmo tempo, graças à divisão de tarefas. Tudo sem comprometer prazos e qualidade.
Mas a coesão da equipe só é colocada à prova quando surgem problemas. Uma vez que várias cabeças pensam melhor que uma, todas as possibilidades para resolução de problemas ou otimização dos processos será pensada e repensada com as ideias de todos, que trabalham com muito mais calma e em seu tempo.
Qual a solução?
Por motivos como esse, a construção de equipes sólidas e bem formadas têm sido cada vez mais bem vista por gestores. Não é à toa que se “bate na tecla” de que é preciso desenvolver o espírito de equipe, ampliar a capacidade de liderança e, independentemente da posição que se ocupa, estreitar os relacionamentos com todos. Por isso, também, profissionais com essas habilidades inatas têm sido os mais procurados.
Para que um profissional trabalhe a todo vapor e dê bons frutos, é fundamental que ele tenha um tempo para si. É verdade quando dizem que existe hora de começar e hora de parar. As férias remuneradas, feriados e fins de semana têm, realmente, grande importância e influenciam a produtividade de cada um. Ter um horário de trabalho regular, que não tenha “extras” irregulares e fora de horário também entra nesta conta. Além disso, exigir (mesmo que nas entrelinhas) que um profissional abdique seus momentos de descanso “em prol do desenvolvimento de todos” não é uma atitude ética de uma empresa que preza pelo bem estar de seus funcionários. E, havendo uma equipe bem formada, não há porque isso acontecer.
http://www.amanha.com.br/blogs/92-vida-executiva--por-bernt-entschev/1353-tostar-neuronios-tem-limite
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