domingo, 30 de janeiro de 2011

Você pensa na reputação corporativa da sua organização?

Olá pessoal!

Faço parte de um grupo de RH o "RHLista"e há alguns dias um dos participantes postou um texto da revista HSM. Achei bacana pela reflexão! Eu mesma penso que é muito importante as empresas prestarem atenção à reputação que tem no mercado.

Espero q vocês gostem do texto!

Um abraço,
Jú M.


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De acordo com executivos, este deveria ser um assunto constante na agenda da presidência

Fonte: HSM Online
http://www.hsm.com.br/

A reputação de uma empresa é conquistada com muito trabalho. Mas quem pensa que basta apresentar um produto de qualidade perde o bonde da história.

Não há uma fórmula precisa que determine os passos a serem seguidos, mas existem pontos cruciais que devem estar sempre em prática para que a reputação não seja maculada: comunicação aberta, governança, transparência, coerência, compromisso, interdependência.

E responsabilidade social não é mais, simplesmente, fazer o bem. Assim como sustentabilidade não é só plantar uma arvorezinha de vez em quando.

A responsabilidade social corporativa representa, hoje em dia, 40% da reputação da empresa, segundo Margareth Goldenberg, diretora de Responsabilidade Social Corporativa da Agência Repense.

De acordo com a executiva, o desenvolvimento do capitalismo trouxe aumento da riqueza e do poder e, consequentemente, aumentou também as responsabilidades. “Não dá mais para fazer negócios como há 20 anos”, ressalta Margareth. Para ela, a reputação se constrói sobre três bases: “cidadania, governança e ambiente de trabalho”.

Mas não é tão simples se comprometer com ações socialmente responsáveis. O primeiro passo é identificar a vocação, de acordo com a diretora da agência. Depois, é preciso saber qual é o público, o que essas pessoas querem e esperam, alinhar valores e visão, identificar os gaps e elaborar planos estratégicos para resolver as lacunas, manter o diálogo constante e ter em
mente que sempre há espaço para melhorar.

Segundo Ana Luísa de Castro Almeida, diretora do Reputation Institute Brasil, que trabalha em mais de 30 países com consultoria para empresas, quanto melhor a reputação, melhores são os resultados.

A executiva salienta como ponto importante a comunicação, tanto de como a empresa se apresenta quanto do retorno que recebe dos grupos de pessoas que se relacionam com a ela. As boas relações com clientes, fornecedores, investidores e funcionários também agregam valores.

Se há muito tempo descobriu-se que a propaganda é a alma do negócio, a propaganda boca-a-boca em tempos de redes sociais ativas, ganha outra dimensão, tanto positiva quanto negativa.

Um serviço mal prestado por uma empresa, que não deu a devida atenção a um cliente “criativo”, pode receber uma crítica, compartilhada com milhões de pessoas. Foi o caso de um passageiro de uma companhia aérea americana, que teve seu violão quebrado no transporte. A musiquinha que o consumidor postou numa dessas redes já recebeu cerca de 9,5 milhões de acessos, com um ponto de vista não muito favorável à empresa de aviação civil.

André Faria, diretor de Planejamento da Repense, acredita que é por isso que é importante as empresas serem honestas, assumir erros e se comprometerem com ações responsáveis, o que ele chama de capital positivo de confiança.

Outro exemplo apresentado por Faria foi o compromisso assumido por um fabricante de sabonetes contra o desmatamento na Indonésia e pela extração sustentável do óleo de palma, matéria prima dos produtos.

A bela campanha da empresa, na qual mostrava todos os benefícios dos ingredientes, foi contraposta por outra, de um grupo ambientalista, que denunciava a forma devastadora e destrutiva da floresta. “Num mundo tão exposto, ter o capital positivo de confiança é um ativo muito importante para a empresa”, diz o diretor da agência.

Não é tão fácil alcançar um alto nível de reputação sem um trabalho sério. Mas não é impossível. Em alguns casos, é preciso um tratamento de choque. Eduardo Eisler, executivo da Tetra Pak, produtora de embalagens para alimentos, uma empresa familiar sueca, no mercado há quase 60 anos, conta que teve dificuldade para convencer a presidência de que era preciso repensar atitudes e ações.

Eisler lembrou que a autoavaliação de um grupo líder no mundo foi um processo duro, mas, com a ajuda do Reputation Institute, foi possível mensurar a imagem da companhia e traçar estratégias para aproximar empresa, funcionários e público. Segundo o executivo, sem reputação, não se vende nada: “as pessoas vão escolher as empresas não somente pelos produtos e serviços, mas pela reputação que elas têm”.

A valorização do capital humano é outro fator relevante para aumentar a reputação da empresa. Na Algar, os funcionários são tratados como associados, uma forma de fortalecer o comprometimento de cada um no crescimento do grupo.

Segundo Ana Flavia, coordenadora de Marketing e Sustentabilidade do Grupo Algar, as relações de hierarquia deixaram de ter o formato de pirâmide e passaram a ser mais horizontais, para que todos tenham participação ativa nas decisões da empresa. “Não é só o emprego que deixa as pessoas felizes”, ressalta Ana Flavia. Se a empresa tem como missão oferecer serviços para
suprir as necessidades da comunidade, é coerente incluir seus colaboradores no público-alvo.

Se a preocupação com a identidade da marca estiver forte, é um passo para começar a autoavaliação. Este processo deve incluir a disposição para aumentar a transparência; garantir a comunicação recíproca, com informações claras e verdadeiras; coerência no discurso e nas ações; responsabilidade social, ambiental e econômica efetiva; valorização humana, com atenção ao
ambiente de trabalho; e compromisso com a cidadania.

Deitar no divã pode ser doloroso, mas, por outro lado, é cada vez maior o número de profissionais capacitados a mensurar o nível da reputação corporativa. Eles estão aí para ajudar quem já levou um susto ou quem quer fortalecer sua imagem sem traumas.

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